sábado, 30 de junho de 2012

Deixa ela entrar / Deixe-me entrar

Já faz um tempo que vi esses filmes, mas só agora tive um tempinho pra vir até aqui escrever alguma coisa sobre eles.
Para quem ainda não viu e não sabe nada a respeito, "Deixa ela entrar" (Lat den rätte komma in) é um filme sueco de 2008 que chegou por aqui na Mostra Internacional de Cinema e "Deixe-me entrar (Let me in) é uma refilmagem da mesma história feito por americanos em 2010.

Gosto muito dos dois filmes, mas é evidente que o segundo é desnecessário. Como o próprio diretor do filme sueco disse, bem que os americanos poderiam se contentar em ler as legendas!
O motivo do meu comentário é que os dois são praticamente iguais. Sei que ambos foram feitos a partir de uma mesma história, o best seller escrito em 2004 por Johj Ajvide, que também assina no roteiro da versão original (e colabora para a versão americana), mas bem que o segundo poderia ter sido um pouco diferente... (ou não existente! rs).

Trata-se de uma história de vampiros, ou melhor, do envolvimento de uma vampira com um garoto comum. Opa! Isso parece Crepúsculo!!! Calma! Gostaria de enfatizar que a semelhança termina por ai. Nesse filme os vampiros são seres que precisam de sangue humano, não podem ser expostos à luz do sol e precisam ser convidados para entrar nos lugares. Ou seja, a boa e velha tradição vampiresca! Nada daqueles vampiros vegetarianos que brilham ao sol.



O menino Oskar (Owen na versão americana), de 12 anos, vive com sua mãe divorciada em um conjunto simples de apartamentos no suburbio de Estocolmo. Ele é muito sozinho e sofre com a perseguição de alguns garotos metidos a valentões da escola. Em sua solidão, imagina-se agredindo seus agressores com uma faca, numa espécie de válvula de escape. Evita falar sobre isso com a mãe e, sempre que aparece machucado (por causa dos meninos) inventa histórias, para não admitir que é uma vítima. Acontece que chega no conjunto onde ele mora uma menina um pouco estranha, a pequena Eli (Abby na versão americana). Eles acabam ficando amigos, já que os dois tem problemas... e são solitários. A doce garota é na verdade uma vampira que precisa de sangue pra sobreviver. Ela vive com um homem que a protege. Ele não é um vampiro, mas sai em busca de sangue para levar a ela. Acontece que ele já não está tão em forma e se atrapalha para conseguir o que precisa, obrigando a menina a ter que resolver seu problema sozinha.

Bom, se contar mais acabo entregando a história! E não é essa a intenção. Acredito realmente que "Deixa ela entrar" deva ser visto por todos aqueles que gostem de cinema fantástico, histórias de vampiros ou simplesmente bons filmes que falem de amor e amizade.


Algo que me chama muito a atenção é a montagem dos filmes. No original, as cores são frias, combinando com o clima frio das cenas, tão cheias de neve. Não há muitos efeitos especiais e as coisas acontecem tão poeticamente (sobretudo a trilha sonora) que nem achamos ruim, pelo contrário... nem é necessário. Os atores escolhidos para os papais principais, os dois adolescentes, são ótimos! Além disso caem como uma luva para a história: Oskar, lorinho, com carinha de anjo... fraco e até mesmo com um rosto meio feminino. Eli, morena, com olhos grandes e traços fortes e masculinos.


Na versão americana, as cores são mais avermelhadas - apesar da história também se passar no frio, com muita neve. O menino Owen também tem uma carinha de frágil, mas a menina também tem. Abby é tão lindinha que dá vontade de abraçá-la... mesmo quando está toda suja de sangue. Acho que isso tira um pouco das "entrelinhas" do filme original (nas duas versões, em um determinado momento, ela diz ao menino que "não é uma garota"... claro que muitos pensam: claro que não, ela é uma vampira! Mas na versão origal há mais do que isso!).



Algumas pessoas não gostaram da versão americana. Penso que muito disso foi a birra causada por terem refilmado um filme tão perfeito (e tão recente). Eu já disse que acho desnecessária a cópia americana, mas tenho que assumir que gostei dela também. Gosto mais da versão do filme americano para a segunda tentativa de obter sangue pelo "cuidador" da menina... e também a cena da piscina é mais emocionante e sangrenta. Outra coisa que há na versão original que foi tirada no remake foi a cena dos gatos... quem ver os dois provavelmente concordará comigo: a cena é interessante... mas um pouco inverossível, afinal de contas, alguém que acabou de ser atacado... e está sangrando não iria pra casa pra depois ir a casa de um amigo... iria direto ao hospital!




Em uma época em que tanto se fala de bullyng, esse é um filme que mostra a revanche do zuado! O garoto franzino que é sacaneado pelos mais fortes, zuado e humilhado, resolve mudar as coisas e se vingar. Em uma cena (nos dois filmes) a menina diz que ele precisa revidar, que enquanto ele não revidar, os garotos não pararão de atormentá-lo. Que ele precisa enfrentá-los para impor respeito... e que se não der certo, ela o ajudará.






Mais do que um filme de vampiros, é portanto uma história de um garoto triste. É a história de uma amizade que vai além de preconceitos. Os dois são diferentes. Os dois são excluídos. Não há nessa história o glamour dos vampiros tradicionais, mas mostra a dificuldade de ser diferente em um mundo em que todos querem ser iguais. Em um determinado momento quando Eli (Abby) pergunta a Oskar (Owen) se ele ficaria com ela mesmo que ela não fosse uma garota, ele diz que sim. Ele não está envolvido pela garota, mas pela pessoa que ela é.

Vejam, comentem.

Não sou muito boa com as palavras... mas gosto de tentar escrever! rs

Alien, o oitavo passageiro

"Alien", de 1979, dirigido por Ridley Scott, é considerado um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Bom, concordo em partes. O filme realmente tem um clima tenso e traz uma criatura medonha, que realmente é de assustar qualquer um.

A história (pra quem, por acaso nunca viu esse clássico) é a seguinte: a nave espacial Nostromo, que era um cargueiro - pois é, a ideia é que a nave estava transportando minérios para a terra, recebe sinais vindos de um asteróide. A ordem é que parem para investigar o local para tentar decoficar a mensagem - que poderia ser um pedido de socorro. Alguns dos tripulantes saem a campo para ir até o local que estava enviando os sinais. Lá, um deles é atacado por um estranho ser.
Apesar de haver uma regra de quarentena, que proibia a entrada na nave de tripulantes infectados, o cientista autoriza a entrada deles, sobretudo porque a tal criatura estava sufocando o tripulante e poderia matá-lo.


O que eles não sabiam é que a tal criatura, que mais parecia um carangueijo alienígena era, na verdade, apenas um hospedeiro que carregada o embrião de um alienígena muito mais forte e poderoso! E ai o "oitavo passageiro" começa a desencadear o terror absoluto na nave.

A cena do alien saindo da barriga do cara é uma das mais conhecidas da história do cinema.



O interessante ao rever esse clássico é perceber a noção de futuro que o diretor e sua equipe tinham. O filme se passa em um futuro bem distante, onde naves espaciais viajam para vários fins (como a Nostromo, que era uma nave-cargueira). Só que nesse futuro distante, os computadores são super arcaicos! Hoje em dia temos coisas muito mais modernas! Ok, eles não poderiam imaginar... mas então porque não piraram um pouquinho mais?? Em Star Wars, por exemplo, eles usam umas coisas mais interessantes, que ficam menos parecidas com a nossa tecnologia e dão um ar futurista mais plausível.

Não que isso seja um defeito. Imagina! O mais importante no filme não é o cenário, mas a relação da tripulação com esse "oitavo passageiro".

O clima tenso do filme é enfatisado pela claustrofobia provocada pela nave. Eles não tem pra onde fugir, os espaços são pequenos e escuros. Outra coisa que acentua o clima tenso é que o diretor mostra o Alien muito pouco... o que fica é a tensão de que ele vai aparecer a qualquer momento para fazer mais uma vítima. Os sons também ajudam a deixar o clima tenso: em muitos momentos é só silêncio e, no máximo, o som da respiração dos personagens! Genial!


Este é um filme imperdível, não só para aqueles que gostam de filmes de terror, mas para aqueles que gostam de cinema de um modo geral! É um clássico!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Eu sei o que vocês fizeram no verão passado

Hoje revi (meio que por acaso - estava pra começar na HBO) "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado". A primeira (e única antes de hoje) vez que vi esse filme eu era adolescente e ele era um título de lançamento da videolocadora.
Lembro que na época achei interessante, mas as sequências foram tão ruins que eu nem me lembrava mais que o primeiro podia ser legal. Pois é, essa foi a minha sensação quando o revi hoje. Gostei do filme. Bom, não é nenhum clássico, mas consegue manter o clima de suspense no ar. Consegue ser "assistível"! rs


Pra quem nunca viu esse terror adolescente de 1997 (ou 98?) a história (de Kevin Williamson, que também nos anos 90 foi responsável pelo roteiro dos dois primeiros filmes da série "Pânico") é a seguinte: Quatro amigos atropelam e supostamente matam um desconhecido. Com medo das consequências do ocorrido, resolvem jogar o corpo no mar para tentar encobrir o fato e fazem um pacto de nunca mais falar sobre o ocorrido - levariam aquela história para o túmulo! Cada um segue sua vida, mas um ano depois, uma das garotas recebe uma carta dizendo "Eu sei o que você fez no verão passado". Aí um misto de paranóia e medo assola esses jovens.

Se em "Pânico" Williamson lançou mão de vários clichês do cinema de terror com um certo tom de deboche, em "Eu sei..." foi diferente. O clima é mais pesado, não há comédia e o suspense é acentuado. Há clichês, mas estes não estão no filme para causar humor! Gosto mais da história de "Pânico", mas este filme assusta mais.


Mas nem só de elogios será este post... O roteiro apresenta algumas falhas. (Bom, não vou nem chamar de spoiler porque esse filme é tão velho e batido que acho que todos já viram... mas se você por acaso não viu, vá por sua conta e risco!!!!!)



Por exemplo, o assassino não teria tempo suficiente para retirar o corpo de Max e os carangueijos do porta-malas de Julie... O que dá a impressão que ela estava alucinando e que nada daquilo foi real. Mas foi.
O assassino também é meio fraco. Apesar de sua roupa e gancho serem "legais", ele é meio banana (sobretudo na cena do "gato e rato" final). E também a história em si é meio tonta: ok, ele tinha matado o cara que matou sua filha em um acidente de carro, fazendo com que sua família pensassem que foi suicidio... e ai foi atropelado e não morreu, foi jogado no mar, mas não morreu... E dai fazer tudo isso pra se vingar dos adolescentes?? Poxa... ele podia ter ido na polícia! Ok, se ele fosse não teria história, mas o argumento fica meio fraco.
Outra coisa (e mais clichês de filmes de terror dos anos 80 e 90), porque as mocinhas sempre correm pro lugar errado??? Por que elas não saem do lugar??? E mesmo o rapaz quando estava pra ser atropelado, por que ele simplesmente não saiu da rua? Por que a mocinha não pulou no mar... ela poderia ser resgatada pelo outro que já estava pegando o barco! Enfim...


Bom, creio que na primeira vez que se vê esse filme, a sensação de suspense é maior. Como já tinham se passado mais de dez anos desde que vi pela primeira vez, não me lembrava de tudo... Talvez por isso o clima de suspense tenha conseguido me ganhar.

Boa pedida pra um sábado ou domingo à tarde, comendo pipoca!

Seven

Hoje resolvi rever "Seven - os sete crimes capitais". Alguns podem estar pensando o que um filme policial faz nesse blog? Bom, a resposta é muito simples: assassinos em série me assustam muito mais do que fantasmas, demônios, monstros ou zumbis e o motivo é bem simples: eles existem!
Nessa sociedade cada vez mais maluca e sem valores, estamos muito sucetíveis a esse tipo de gente maluca que mata só por prazer ou, como o assassino desse filme, por acreditar que está fazendo o correto!


Seven, foi dirigido por David Fincher (um dos melhores diretores da atualidade, na minha opinião - diretor de filmes incríveis como "Clube da Luta", "Millennium - The girl with the dragon tatoo", "O curioso caso de Benjamin Button" e "A rede social" - entre outros). Além da direção, temos os ótimos Morgan Freeman, Brad Pitt e Kevin Spacer no elenco... Só essas informações fazem valer a pena ver o filme!
Bom, pra quem não viu (e não conhece a história), "Seven" conta a história de dois policiais: o detetive Somerset (Freeman) que está pra se aposentar e o jovem detetive Mills (Pitt), que foi escalado para ficar no seu lugar. Há apenas alguns dia de sua aposentadoria, Somerset precisa resolver um caso bastante intrigante: um gordo tinha sido encontrado morto com a cara em um prato de macarrão... mas estava preso, o que indicava que tinha sido assassinado. Mills o acompanha no caso e juntos percebem que este não é apenas mais um assassinato. Descobrem que o assassino é um serial killer que planeja seus crimes a partir dos pecados capitais. E ai a sequência dos sete vai se completando, primeiro a GULA, depois da COBIÇA, a PREGUIÇA, a LUXÚRIA, a VAIDADE, a INVEJA  e a IRA.


A edição consegue fazer esse triller policial se parecer com um filme de suspense (dos bons) e as mortes deixam quem, como eu, gosta de filmes de terror, ficar bastante satisfeito. Bom, não mostram tanto sangue, nem tantos corpos... mas sugerem muita coisa, o que pra mim também é muito válido!

O assassino fala que as pessoas que matou não são vítimas... que só numa sociedade como a nossa, pessoas "pecadoras" são consideradas vítimas. Diz que elas pagaram por seus pecados! (Essa ideia de fazer alguém pagar por seus erros foi bem copiada lá na frente por filmes de terror, como "Jogos mortais" e "Jogos Suicidas", por exemplo).

Qual é o seu pecado???

sábado, 23 de junho de 2012

A noite dos mortos vivos

Esses dias eu resolvi rever o clássico, original e eterno "A noite dos mortos vivos" do mestre George Romero.
O filme de 1968, preto e branco, foi recentemente colorizado... Meu pai do céu. Não sei se foi só eu, mas achei uma coisa medonha!!! Prefiro mil vezes o original preto e branco! Ou seja, fica a dica: tem pra comprar baratinho por ai um DVD com o filme... Uma edição restaurada e colorizada. Até vejam a colorizada pra rir... mas veja a versão original!!!)


Para quem não conhece esse clássico do cinema, a história é a seguinte:
Um casal de irmãos andou uns 300Km para colocar flores no túmulo do pai...  Quando estão no cemitério, o irmão começa a brincar com os medos de infância da irmã, só que o que era piada vira pânico quando um homem os ataca, deixa o rapaz desacordado e começa a perseguir a moça que entra em pânico e corre desesperada até achar uma casa aparentemente abandonada para se esconder. Lá ela encontra outras pessoas que também estão se escondendo dessa estranha epidemia que transforma pessoas mortas em seres bizarros que tem fome de carne humana
O grupo consegue ouvir no rádio que há alguma coisa estranha já que várias pessoas estão sendo assassinadas por essas pessoas que parecem estar em um tipo de transe. Aos poucos descobrem que os assassinos são na verdade pessoas mortas que voltaram a vida graças a uma radiação que veio da queda de um satélite vindo de Vênus... mas a ideia não é confirmada. Penso que na época, o filme deve ter gerado algumas paranóias!!!


Romero criou a ideia que temos hoje em dia de zumbis - que voltaram à moda depois da série americana "The walking dead" e filmes como "Zumbilândia", "Rec"...
O que é curioso, é que em nenhum momento do filme eles usam a palavra "zumbi". Não me lembrava disso, mas dessa última vez que vi isso me chamou a atenção.


Além da questão dos mortos-vivos, o filme também discute questões sociais. O grupo de sobreviventes é formado por 3 mulheres, 3 homens e uma criança. O conflito entre eles é ótimo. Dois homens disputam a liderança do grupo. O herói é negro e muito mais inteligente e racional que os outros. Ele se torna o lider... Hoje, o fato dele ser negro não é exatamente algo especial, mas lembre-se que o filme é de 1968. Colocar um negro na liderança... sendo aquele que sabe o que fazer, que é o mais esperto e o único que tem condições reais de sobreviver àquilo tudo foi uma atitude muito ousada de Romero... (Ah, 1968 é o ano do assassinato de Martin Luther King e de diversas manifestações violentas em Washington sobre a situação dos negros). Mas ele que não é bobo nem nada, escolheu de propósito e fez mais... colocou um final um tanto crítico, já que a esperança do negro durou bem pouco.

Só pra constar, Romero fez alguns outros filmes sobre zumbis... e todos os outros filmes de zumbis que surgiram depois desse, são cópias de Romero!!! Ele inovou o gênero não só pelo tema, mas também pelo visual.
Só pra constar, em 1968 também foram lançados "2001, uma odisséia no espaço", "O planeta dos macacos", "O bebê de Rosemary" e "Yellow submarine" (The Beatles).

A mulher de preto

Confesso que o que mais me motivou a ver esse filme foi o fato do protagonista ser Daniel Radcliffe, o Harry Potter. Além disso, há tempos não via filmes com histórias de fantasmas.
Confesso não ser exatamente fã desse tipo de filme. Prefiro histórias de fantasmas contadas por um bom contador de histórias, de preferência à noite, em volta de uma fogueira.


Bom, essa produção britânica dirigida por James Watkins (que já tinha trabalhado como roteirista de outras produções de suspense) veio da famosa produtora Hammer, que no passado tinha sido  responsável por várias jóias do gênero terror e suspense, mas que estava sumida (Deixe-me entrar também foi produzido por eles).


O estilo noir da fotografia remete aos filmes de terror de antigamente. Na verdade, pra mim, todo o filme parece ter sido feito como se fazia antigamente (claro que com a tecnologia para ajudar). Ou seja, este é um filme que provavelmente não agradará aqueles que gostam de filmes de terror cheios de sangue e ritmo acelerado. Mas aqueles que gostam de histórias de fantasmas, de casas assombradas e lendas de interior certamente gostarão. Este é o meu caso.





O filme conta a história do jovem advogado Arthur (vivido por Daniel), viuvo e com um filho pequeno pra criar. Ele precisa resolver algumas questões burocráticas de um inventário e, para isso, foi mandado pela empresa que trabalha para uma cidade do interior da Inglaterra, próxima a Londres, para pegar alguns documentos na casa de uma senhora que havia falecido. Ninguém por ali parece querer ajudá-lo e ele não entende porquê.


O que ele não sabia é que naquela cidadezinha, muitas crianças morriam de modo estranho: elas mesmas tiravam suas vidas... e que essas mortes estavam atreladas à uma "lenda". Acreditavam que sempre que alguém via a mulher de preto, uma criança morria. Só que ele, sem conhecer nada disso, vê a tal mulher no jardim da casa da tal senhora que ele foi para buscar os papeis. De início, ele pensa que é alguém que invadiu a propriedade, mas depois, descobre que a tal história não é uma lenda!

A história é basicamente essa. Não vou dar mais detalhes para que o suspense seja mantido.

Vale destacar que a fotografia do filme é linda e que Daniel está muito bem no papel de pai e advogado. Muitos questionavam se ele, tão jovem e tão associado ao bruxinho poderia convencer no papel. Não sou a dona da verdade, mas pra mim ele estava ótimo.


Gostei bastante do filme. Gosto desse tipo de história... mas continuo insistindo que ela seria muito mais assustadora se contada por um bom contador de histórias, à noite, em volta de uma fogueira... jurando que aquilo tinha acontecido com um conhecido seu!!!

Bom filme!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Hora do Espanto 2011

Costumo não gostar de remakes (poxa... não há mentes criativas em Hollywood?) mas vi, enfim, o remake do clássico dos anos 80 "A hora do espanto". Gosto muito do filme antigo e por esse motivo fiquei com uma pulguinha atrás da orelha.



O remake está atualizado para uma era de internet, sms e "Crepúsculo". Há até uma piadinha sobre a série no filme!

Charlie é um garoto normal de uma pequena vila americana. Tem um passado nerd vivido ao lado de Ed... mas tenta escondê-lo para se misturar com a turma mais popular da escola. Tem uma namorada gata e despreza o amigo de infância.
Sua vida irá mudar quando a casa ao lado é ocupada por um vizinho muito estranho: Jerry. Ele é um super gato, sedutor, de hábitos noturnos. Ele parece ser um cara bem legal, simpático e prestativo... mas, depois de alguns acontecimentos, Charlie descobre que ele é um vampiro.
Seu amigo Ed já tinha percebido, graças às suas nerdisses! Mas Charlie demorou para acreditar... achando que o rapaz era um idiota... afinal, vampiros não existem!!! hahahahaha!



Incapaz de convencer alguém, Charlie procura Piter Vincent, que nessa versão é um jovem mágico charlatão que tem um show de horror na tv. Ele é um personagem exótico e cheio de problemas... chega a ser caricato! A princípio ignora Charlie, até perceber que ele estava falando a verdade.

Bom, apesar de ser um remake e de eu ser bastante fã do original, não fiquei incomodada com a nova versão não.  Não supera o antigo, mas não faz tão feio assim.
O diretror (Craig Gillespie) consegue manter algumas características do filmes original, como por exemplo o humor. Algumas cenas clássicas também são mantidas, como por exemplo a bocarra da namoradinha do Charlie na cena da Boate - claro que com efeitos especiais bem melhores! rs


Os atores me surpreenderam... Achei Colin Farrell gatíssimo! hahahahahaha! É que isso é importante pra manter o clima do filme original! (Eu era apaixonada pelo vampiro - que dá de dez a zero no Edward!)

Apesar de não gostar de remakes, gostei desse... preciso assumir! Claro que no começo eu ficava comparando os dois filmes, mas depois me deixei levar pelas alterações...

A única cena que não gostei muito foi a da perseguição com o carro... meio bobo... meio trash (bom, talvez essa tenha sido a intenção do diretor, já que o original era mega trash!)
Indico.
Ah, cheguei até a levar alguns sustos!!! hehehehehe

Boa pedida para uma tarde chuvosa de julho... comendo pipoca embaixo do cobertor!!!

O Pacto (Suicide Club)

Depois de ter visto "Jogos Suicidas" procurei algum outro filme sobre o assunto e encontrei esse japonês: "O Pacto".


Não gostei nem um pouco do título em português, já que existem outros filmes, que não têm nada a ver com este, com o mesmo nome.

Imagine só que assustadoramente bizarro, se a seguinte cena acontecesse perto de você... naquele dia, depois do trabalho... quando você está na plataforma do metrô: 54 estudantes, do nada, se juntam na plataforma, dão as mãos, fazem uma contagem e... puft, saltam sobre a linha cometendo suicídio coletivo!


Chocante, não é? Pois é exatamente assim que começa esse filme. E a cena não economiza em gore! O trem esmigalha todos aqueles adolescente, fazendo sangue voar pela plataforma, aterrorizando as pessoas que estavam ali... Medonho. Confesso que naquele instante pensei em desligar tudo e sair correndo dali! Pensei nos meus alunos adolescentes (muitos orientais como os do filme), lembrei de um ex aluno que se matou (pulando de uma ponte na 23 de maio) e tive vontade de chorar.
Fazia tempo que uma cena de filme não me deixava tão impressionada.


Dei uma pausa, respirei fundo e voltei a ver o filme.
Não sei exatamente se gostei... na verdade preferia não ter visto, mas não porque seja ruim... é que realmente achei bem chocante. Me deixou mais boquiaberta que o famoso "A Serbian Film" (que deixou muita gente de cabelo em pé).

Bom, depois do suicídio coletivo no metrô, começa uma investigação policial... Seria aquilo uma fatalidade ou um crime arquitetado por alguém ou por algum grupo? A situação se complica (fica ainda mais perturbadora) quando a polícia encontra na estação uma bolsa com uma "corrente" de pele humana, com pedaços de peles tatuadas que, obviamente, eram dos envolvidos no incidente do metrô). O que deixa as coisas ainda mais polêmicas, é o aparecimento de um site que é automaticamente atualizado após os suicídios. A polícia e a mídia tentam abafar o caso (como fazem sempre que acontecem suicídios - você já reparou que esse tipo de notícia não aparece na midia??? Você sabia que quase todos os dias pessoas se jogam nas linhas do metrô de São Paulo? Nada de notificações, e por quê? Para evitar comentários... para evitar que outras pessoas façam o mesmo).


No filme, foi impossível abafar um caso daquele tamanho, apesar dos esforços da polícia. Ele ganha proporções assustadoras e o suicídio começa a virar "moda".

Os jovens tratam os acontecimentos com descaso... como se isso fosse algo banal, como se a vida não valesse tanto assim. Algumas cenas são de arrepiar, ainda mais porque são todos adolescentes (também têm alguns jovens adultos, mas o "bicho pega" mesmo entre os mais novos). Nossa... eles falam em se matar como se estivessem combinando de ir ao shopping. As mortes soam como um pacto mesmo... uma ligação eterna entre essas pessoas! Credo!


No filme há uma banda pop que tem alguma conexão com as mortes... durante o filme praticamente todo eles cantam coisas que, de certa forma, incentivam a molecada. As letras parecem inocentes... mas podem gerar outras interpretações... afinal de contas, todos ouvem "Desert"!



O filme é meio enigmático, nem sei se entendi direito, mas na boa... nem quero ver outra vez pra tentar entender melhor. É uma daquelas produções que, certamente, gerou fãs e fez outros tantos detestarem. Eu realmente não sei em que grupo me incluo. Achei sensacional... mas fiquei chocada, e como disse, não veria novamente.
O filme é de 2002 e foi dirigido por Shion Sono (que fez alguns filmes pornôs gays)... Trata de um assunto muito sério para os japoneses, já que têm a maior taxa de suicídios do mundo, sobretudo entre os adolescentes.



Bom, nem consigo escrever direito sobre ele... As lembranças me deixam arrepiadas.

Eu indico somente para pessoas de estômago forte e que não se impressionam facilmente. Além disso, é importante lembrar que os suicidas são, em sua maioria, adolescentes (o que me deixou mal). Apesar de confuso e estranho é uma boa produção...
Àqueles que ficaram curiosos mas costumam fechar os olhos em cenas fortes, saiba que nesse filme seus olhos serão fechados várias vezes!!!!

Jogos Suicidas

Já faz um tempo que não escrevo aqui no Blog... tive alguns problemas de falta de tempo e também falta de internet... nesse meio tempo vi vários filmes e preciso colocar os posts em dia. Vou começar por "Jogos Suicidas".
Vi esse filme por acaso... Nunca tinha ouvido falar dele e, talvez por isso, começo já adiantando que foi uma boa surpresa.


"Jogos Suicídas"(Die, no original) é uma produção canadense e italiana dirigida por Dominic James com roteiro de Domenico Salvaggio e Nick Mead. Procurei na internet e não achei nada significativo dessa turma ai... ou seja, totalmente tiro no escuro... Por falar em tiro no escuro, é um pouco por ai o filme!

Na capa do filme está escrito "ABRA SUA CAIXA, JOGUE O DADO, DEIXE O DESTINO DECIDIR".

O título original, "Die"nos faz pensar em morte, numa tradução literal do inglês... Mas o que percebemos só depois de ver o filme (ou, pelo menos prestando atenção na capa) é que é, na verdade, um jogo de palavras... É que além de significar MORTE, "die" também é usado para DADO... o cubinho usado em jogos! Pois é... e é ai que mora a ideia do filme.



Um homem de meia idade está em frente a uma mesa. Aparentemente acabou de jantar. Pede a seu filho que jogue o dado...  Ele joga... O homem pede para o garoto se retirar. Ele, então, coloca balas na arma, gira o tambor e atira... O garoto, que tinha ficado espiando (apesar das ordens do pai) vê tudo. Seu pai estava morto.




Depois dessa abertura um tanto triste (na minha opinião), nós vamos conhecer seis personagens. Eles acordam misteriosamente em celas de vidro sem saber como chegaram lá (ok, fórmula manjada, vista anteriormente em diversos filmes do gênero, como as famosas séries "Cubo" e "Jogos Mortais"). Todas, muito nervosas, tentam entender o que está acontecendo, o porque estão ali, que motivos algum bandido teria para sequestrá-las. Eis que surge um homem misterioso que as obriga a participar de uma terrível experiência... e ai, fica bem claro quais são suas intenções e porque eles estão ali.

Cada participante tem gravado uma marca em seu braço, bolinhas, como as dos dados. Cada um tem um número (de um a seis) e essa marcação, que determinará a ordem de sua participação nos jogos, foi previamente escolhida pelo sequestrador através de um sorteio com dados, claro!

Os dados, famosos dados.

Descobrimos que o que essas pessoas tem em comum é o fato de todas serem suicidas. Despresavam a vida e tinham atitudes auto-destrutivas.
Todos haviam tentado se matar de alguma maneira. Alguns, de forma mais rápida, outros, de modo lento... Só que agora, essas ações afetariam outras pessoas.

Elas precisam participar de um jogo de dados e, o resultado... bom, é de deixar o espectador nervoso, já que dependendo do número sorteado alguém poderá morrer ou não. A vida de um é colocada nas mãos do outro. A sorte decidirá... ou melhor, o dado.



Enfim, o filme segue bastante o esquema de "Jogos Mortais". O vilão não é exatamente um vilão, mas alguém que tenta fazer com que suas cobaias alcancem a redenção, mudem de vida... Não há nenhuma genialidade no roteiro...  O ritmo é mais lento e a produção não é grandiosa (já disse que é um filme canadense e italiano). Não é nenhuma preciosidade mas me agradou muito. Confesso até que gostei mais dessa ideia do que a de "Jogos Mortais", acho que faz mais sentido. Além disso me fez pensar bastante sobre a vida, e o quanto minhas ações podem interferir na vida dos outros.

Eu indico pra vocês!
Mas que fique claro que é mais psicológico que gore... se quer ver gore mais ou menos no mesmo estilo, veja "Jogos Mortais".