segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Atividade Paranormal 1, 2 e 3.

Esses dias fui no cinema ver Atividade Paranormal 3. Tinha lido críticas boas e resolvi conferir.
Bom, começo dizendo que achei o primeiro filme uma bomba (conforme comente num post mais antigo).


Agora, decidi escrever alguma coisa sobre a série como um todo (já que pulei o 2).


Depois de ver AP2 e AP3, confesso que achei a ideia interessante. Tem seus problemas, mas é bacana.
No primeiro filme, Micah me dava nos nervos. Sua mania de filmar tudo era absurdamente falsa e não conseguiu me convencer em nada, mas nos outros dois filmes as câmeras não são tão forçadas, e além disso também tem o fato de que se a pessoa não leva a câmera, não saberemos o que está acontecendo... ou seja, existe uma certa "licença poética"! hahahahahaha!


O fato é que no segundo, as câmeras são instaladas para proteger a casa de um suposto invasor (vândalos, ladrões...) o que faz muito mais sentido e no terceiro, as câmeras são colocadas para conferir o que está acontecendo (como no primeiro), mas Dennis é um profissional que vive de filmagens e não fica andando com a câmera o tempo todo, ele coloca câmeras em pontos estratégicos da casa.


Bom, a sequencia vai em uma crescente. Pra mim, o dois é melhor que o um e o três é melhor que o dois. Oh, que coisa rara! Mas é isso mesmo! (bom, em minha humilde opinião). Ah, tem gente que prefere o primeiro... mas é como eu disse, é só minha opinião.
Bom, vou contar com alguns spoilers... portanto, se ainda não viu os filmes, para de ler... ok! (a não ser que não se importe com spoilers).











No dois conhecemos um pouco mais sobre os personagens (as ações começam 2 meses antes do primeiro filme). Somos apresentados a Kristi (irmã de Katie - AP1). Ela é casada com Daniel, que é pai da adolescente Ali. Juntos tiveram o pequeno Hunter.
Um dia quando todos estão fora, a casa é invadida (e revirada). Eles não percebem a falta de nada (apenas de um colar que Katie tinha feito para Kristi), mas ficam amedrontados e resolvem instalar câmeras de segurança pela casa.
Coisas estranhas começam a acontecer, mas Daniel é muito sético e nem vê as imagens gravadas para ver se descobre alguma coisa. Katie e Kristi conversam sobre alguma coisa que teria acontecido quando elas eram crianças... Katie não gosta de falar sobre isso e Kristi diz que não consegue se lembrar direito, só do medo que sentia (relacionado ao filme 3), mas sente que está acontecendo novamente.


As "assombrações" vão se tornando cada vez mais intensas... Alguns sustos, algumas cenas boas!
Mesmo com tantas evidências Daniel não quer acreditar!
Até que um dia a "coisa" começa atacar a sério. Primeiro foi a coitada da cadela! Coitada mesmo! Detesto quando animais sofrem (e olha que lá nem aparece, só ouvimos!!! Isso é legal, isso é "realismo", já que a cachorra não pegaria a câmera para filmar! hehehehe). Todos acordam com os berros do animal. Daniel e sua filha vão levar a cadela que está toda estranha, quase morta até o veterinário e Kristi fica em casa com Hunter (e acontece uma das melhores cenas desse filme, quando ela tenta pegar Hunter no berço e uma força a puxa para fora do quarto e pela escada... ela tenta se desvencilhar, mas é puxada novamente para fora do quarto, com mais força... e trancada no porão). Depois disso, ela pira.


Depois de ser convencido por sua filha que a casa estava com forças malignas (ela o obriga a ver algumas imagens gravadas), ele percebe que sua esposa estava possuida por alguma coisa... ela quase o mata.


Enfim, tudo parece ter se resolvido... se acalmado depois que ele consegue pegar sua esposa (com a ajuda de uma "mandinga" que a empregada latina (a quem ele ligou pedindo socorro) tinha ensinado (ah, por falar em empregada latina, ela foi a primeira a perceber o perigo, mas ele a demitiu por isso... Ele ficou louco da vida porque, um dia, ela estava "defumando" a casa).
A "mandinga" era a de mandar o mal para outra pessoa... no caso, já sabemos para quem foi, não é mesmo?
Bom... parece que tudo tinha acabado ali naquela casa.
Vemos então uma cena entre Katie e Kristi... Katie comenta que coisas estranhas estavam acontecendo na casa dela (referência ao primeiro filme), mas Kristi a lembra de não comentar... que atrai.


Ou seja o espírito estava com Kristi, mas depois do que Daniel faz, vai para sua irmã Katie!


A licença poética nos leva até a câmera de Micah (sua nova câmera... que aparece no 1) e Katie chegando em casa.
Então o letreiro nos mostra que Micah morre dia 8 de outubro. No dia 9 de outubro vemos novamente as imagens das câmeras de segurança da casa de Daniel e Kristi. Kate aparece ensanguentada (o que realmente apaga a ideia que eu tinha achado melhor do primeiro filme, de que ela se mata... ops, contei! E assume a versão dos cinemas - a do susto - ela joga o corpo de Micah na câmera!) vai até Daniel e ops... sobre até o quarto onde Kristi está com Hunter. Joga a irmã longe e pega o bebê.


Somos informados que no dia 12, a adolescente Ali está voltando de um passeio escolar e encontra os corpos do pai e da madrasta... mas não o de Hunter.


Bom... esse é o final da série, ok! Sim isso mesmo!!!
Para os desavisados, o terceiro filme é anterior aos outros dois... conta como as coisas começaram na vida dessas duas irmãs. Pretende, portanto, mostrar a origem do mal.


As primeiras cenas do filme se passam antes de AP1 e AP2. Kate vai visitar a irmã Kristi que está grávida. Elas encontram uma caixa que pertencera à avó, repleta de fitas VHS... muitas fitas, todas com datas e nome de cômodos. E resolvem ver. Bom, quem as vê somos nós!


Somos levados aos anos 80 (20 anos antes dos acontecimentos dos filmes anteriores). Katie e Kristi são crianças.
Cenas de família (bem comuns nos anos 80!)... e então Dennis resolve filmar ele e a esposa fazendo sexo... Bom, fiquem tranquilos que não seremos obrigados a ver senas de sexo (ah... que pena, alguns pensarão! hehehehe). A tal filmagem é interrompida por uma espécie de terremoto.
Quando Dennis vai conferir o que a câmera captou, ele percebe algo muito estranho... como se alguém estivesse ali no quarto... o pó encobre uma espécie de "vulto".
Além disso, a pequena Kristi (que é brilhantemente interpretada pela jovem Jessica Tyler Brown!) diz que vê um tal de Toby, que todos acham que é seu amigo imaginário... até ai, normal... afinal, muitas crianças da idade dela dizem que tem um amigo imaginário. Só que Toby não é exatamente muito amigável e proibe a menina de comentar sobre ele...
Pois é... esse tal de Toby vai dar muito trabalho para essa família.


Esse terceiro filme é muito mais movimentado e repleto de sustos e cenas bem tensas. Como já mencionei, Dennis instala algumas câmeras pela casa para tentar descobrir o que está acontecendo. Uma delas é brilhantemente acoplada em um ventilador, ou seja, ela gira e consegue filmar a sala e a cozinha. Mas o movimento é relativamente lento e ficamos todos apreensivos com o movimento, curiosos para saber o que estará lá.


Nossa, como as meninas sofrem... Coitadinhas! Sobretudo a pobre Katie, que é um pouquinho mais velha. Ela não acredita em Toby (de início) e acha que é infantilidade da irmã... mas vai descobrir na pele que é verdade. Bom, ela não era tão pequena assim... e com certeza lembraria de tudo o que aconteceu. Isso me faz achar o primeiro filme ainda mais bobo. O problema é que parece que quando ele foi feito, não existia uma ideia mais complexa - como a que somos apresentados nos outros dois filmes). Bom... pra não perder o encanto, vou imaginar que a pobre Katie ficou tão traumatizada que seu cérebro bloqueou certas lembranças... O que não é de todo absurdo!


Com o desenrolar da trama descobrimos que a avó das meninas participava de um coven (grupo de bruxaria) e que tinha alguma relação com tudo - incluindo a morte de sua própria filha e seu genro. Ela cuidaria das meninas...

Bom...

No segundo filme, Ale pesquisa sobre espíritos e demônios e descobre que eles poderiam estar sendo assombrados por uma espécie de demônio (o que também é comentado no primeiro filme). Ale encontra uma teoria de que algumas pessoas fazem pactos com o demônio para obter poder ou riquezas... mas que precisam sacrificar uma criança (o primeiro menino) para pagar a conta. Bom... eles ali são todos ricos! A casa que Katie e Micah moram é imensa! No segundo, eles vivem em uma casa enorme, cheia de luxos. Daniel é dono de algumas lojas do Burguer King... ainda assim, será que isso seria suficiente para o luxo ou uma parte do dinheiro viria de Kristi?
Ah, Katie dirige um super carro conversível... que, bom... deve custar bem caro! (isso aparece no 1 e no 2).
As duas não trabalham!
No terceiro filme, Julie, a mãe das meninas também não trabalha e é casada com um "filmador" de eventos sociais... Sua mãe, em uma cena, comenta sobre ele não ganhar dinheiro... Bom, se ele ganha pouco e eles vivem com todo conforto, presuminos que o dinheiro é dela.
Ou seja, provavelmente sua mãe fez algum pacto com o "coisa ruim" para ter muito dinheiro. Mas teve só uma filha! E sua filha teve duas filhas!!! O primeiro homem da família (como constata Ale pesquisando a árvore genealógica de Kristi) é Hunter: o que faz muito sentido.
Ainda assim, porque matar (ou permitir que matassem) a própria filha?
Pelo que as irmãs conversam no segundo filme, a avó deve ter dito a elas que a mãe enlouqueceu, porque Katie comenta com Kristi que ela precisa não dar bola pro que está acontecendo pra não ficar igual a mãe!

Ai ficam algumas pontas soltas (ótimas pros produtores que, certamente, já estão providenciando mais uma sequencia). Por exemplo, o que aconteceu a avó? (Ok, sabemos que ela morreu... uma das duas, não me lembro... acho que a Kristi, comenta no começo do terceiro filme). Mas morreu como? E o que ela fez com as meninas depois do fim do terceiro? O que ela disse às meninas? Como explicou tudo?
Além disso, para onde Katie levou o pequeno Hunter? Será que ela o matou?
O que Ale fez? Será que simplesmente se conformou ou foi atrás de uma resposta? (Já que estava muito curiosa sobre tudo).

Bom... aguardemos o próximo Atividade Paranormal!

Ah, queria fazer mais um comentário. Como detesto adolescentes no cinema!!! #prontofalei!
Eles gritam a toa, e na maioria das vezes só pra atrapalhar quem está tentando ver o filme e curtir.
Meu problema, na verdade, não são exatamente os adolescentes... mas os adolescentes malas! hehehehehe!
Se não fosse por um bando deles, dos mega sem educação, provavelmente eu teria curtido ainda mais o filme!

Ah, mais uma vez algumas cenas que aparecem no trailer não estão no filme! Entre elas a do "bloody mary"... bom, tem uma cena parecida - muito boa, por sinal - mas não é a do trailer! ;)

Bom sustos pra vocês!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Ritual

Hoje resolvi ver "O Ritual", de Mikael Håfström. A curiosidade de ver o filme foi muito mais por que é estrelado pelo meu querido Anthony Hopkins do que pelo assunto em si. (Apesar de ser muito fã de Hopkins ainda não tinha encontrado um tempinho para ver essa produção).
Particularmente gosto de filmes com esse assunto, o demônio sempre me faz refletir sobre alguns valores como fé, Deus, igreja... Confesso que não me assusto muito com esse tipo de filme, não são os que mais me dão medo (tenho mais medo de pessoas reais, malucas, piscopatas).


O filme em questão é inspirado em fatos (teoricamente) reais que foram narrados no livro "The Rite", do jornalista Matt Baglio que, supostamente, vivenciou as coisas que são contadas no filme (ele seria a personagem da brasileira Alice Braga, a jornalista Angelina).

Conta a história de Michael Kovak (fracamente interpretado por Colin O'Donoghue), fillho de um agente funerário. Michael trabalha com o pai preparando cadáveres para seus funerais, mas não quer isso pra sua vida. Para não ser questionado pelo pai, vai ao seminário (já que na sua família as pessoas trabalham com funerais ou são padres). Seu plano é terminar os estudos mas não se ordenar. Mas um padre do seminário pede que ele reconsidere, já que acredita que ele seria um exelente padre. Só que Michael não tem certeza de sua fé, não acredita que foi realmente escolhido para o sacerdócio. Seu superior pede que ele pense mais um pouco e o convida a passar um período em Roma, no Vaticano, para estudar exorcismo... Eles estavam precisando de jovens interessados e Michael poderia ser uma boa opção.
Ele vai, mas seu ceticismo só o faz querer, cada vez mais, provar que as pessoas ditas possuídas, tem na verdade problemas psiquiátricos.


O professor do Vaticano, percebendo sua incredulidade, pede que Michael procure Padre Lucas (Hopkins), um jesuíta que pratica exorcismos. Com ele, o jovem padre americano começa a questionar suas crenças. Se ele tem dúvidas que Deus exista, o Demônio também não pode existir. Mas é ai que as coisas começam a esquentar. Será que é real? Será que está perdendo a sanidade?


Pra variar, é mais um filme super moralista que a Igreja deveria passar para os fiéis verem! hehehehehehe!
Sempre que eu vejo um filme com esse assunto penso nisso. Creio que o interessante seria fazer um filme que parecesse o tempo todo que o problema é o demônio, mas no final, conseguirem provar que é tudo fruto da mente humana! Aí sim seria assustador!!!


Antes, quando eu era mais crente, eu me assustava mais... agora, só vejo um filme que faz apologia ao poder da Igreja Católica: se há o demônio, ele pode nos possuir. E nós, fracos, devemos recorrer à Igreja e aos bondosos padres exorcistas.

Bom, pra quem gosta de filmes com esse assunto, é bacana! Tem algumas cenas bem interessantes e até assustadoras. Hopkins está ótimo no papel (pra variar), o que dá ao filme um charme incrível. Alice Braga também se destaca, sobretudo porque (como já comentei rapidamente no começo) O'Donoghue não me convenceu como o jovem padre Michael.

Linda trilha sonora!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

REC


REC é um filme espanhol de 2007 dirigido por Jaume Balagueró e Paco Plaza que traz a ideia de um falso documentário. Uma reporter, Angela, e seu operador de câmera pablo estão gravando um programa para uma tv local de Barcelona (o fictício "enquanto você dorme"). Naquela noite, Angela estava cobrindo uma noite com o corpo de bombeiro, para registrar o cotidiano desses homens. No começo tudo está bem, calmo até demais, e Angela aproveita pra registrar coisas comuns do batalhão, como o local em que eles comem, descansam, se distraem e se exercitam. A repórter espera ansiosa por uma chamada, já que a equipe de tv irá acompanhar os bombeiros na "aventura". Um bombeiro até explica pra ela que, muitas vezes, os chamados são coisas bem simples, como resgatar animais de estimação, por exemplo.


A sirene toca. Uma chamada para a equipe atender. Não é um incêndio, por isso só uma pequena equipe se desloca para atender a ocorrência. Angela e Pablo vão com eles.
Eles chegam a um pequeno prédio de apartamentos. Os vizinhos contam que chamaram socorro porque ouviram muitos gritos vindo do apartamento de uma senhora idosa. A polícia também já tinha chegado e, todos (policiais e bombeiros) foram até o apartamento para resgatar e prestar socorro à mulher. Claro que Angela e Pablo acompanham os profissionais, mesmo com reclamações dos policiais.
Quando eles chegam no tal apartamento, as coisas começam a acontecer! O filme começa a esquentar!!! A velha está toda suja de sangue e, quando um policial tenta acalmá-la, ela pula sobre ele, alucinadamente, como um animal feroz... arrancando pedaços.


A tensão vai aumentando. Eles não conseguem sair do prédio porque as autoridades isolaram o local. Mesmo com um policial gravemente ferido, ninguém pode sair dali. O pânico se instaura.
O prédio estava infectado por alguma coisa terrível, uma espécie de "raiva" super forte, que era transmitida pela saliva e que transformava os infectados em monstros violentos.
Ninguém consegue entender o que está havendo, até que o governo manda um agente sanitarista para colher amostras de sangue dos moradores e de todos que estão lá dentro para saber quem poderá sair... mas é claro que as coisas saem do controle.


As cenas que vemos são todas da câmera de Pablo, como se realmente tivessem acontecendo de verdade.
O que posso dizer é que os espanhóis conseguem trazer o clima de realismo que alguns outros filmes nesse estilo não conseguem (como o aclamado - mas bomba na minha opinião - "Atividade Paranormal").
Quando "Bruxa de Blair" surgiu, confesso que cheguei a acreditar na possibilidade daquilo ser real (eu não tinha internet em casa, e mesmo que ela já existisse, o acesso às informações era bem mais limitado que hoje), agora com REC, mesmo sabendo que é um filme (assumidamente um filme), temos a impressão de realismo. Os atores estavam muito bem e, segundo algumas revistas sobre cinema, algumas cenas foram filmadas sem que eles soubessem, para dar mais realismo ainda (como por exemplo o momento que um bombeiro cai das escadas. Aquele susto foi real!).


Gostei muito de REC. É um filme relativamente simples, mas conseguiu manter minha atenção. Ok, é um filme curto... e o bicho começa pegar mesmo só depois de um tempo... ainda assim, fiquei ligada nele o tempo todo. Consegue ser envolvente, assustador, nojento... conseguiu me dar uns sustos! (eu gosto de ser assustada vendo filmes de terror! hehehehehe).


Pra variar, os americanos ficaram com invejinha e fizeram uma cópia (Quarentena, de 2008) - os americanos vivem fazendo cópias de filmes bons de outros países (como o espetacular "Deixa ela entrar", e tantos outros orientais).

Há uma sequência (REC 2, de 2009), REC 3: Gênesis que parece que vai estrear em janeiro de 2012 e já um quarto filme também.

Vale a pena assistir!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A volta dos mortos vivos

Há tempos este filme está na minha lista de "rever"! Depois de terem comentado sobre ele comigo, resolvi colocá-lo como prioridade.
Ah, como eu me divirto com os filmes de terror dos anos oitenta!!!
O clima trash, a trilha sonora de sintetizador, o ar cômico, as maquiagens mal feitas, os bonecos toscos!!! Que delícia! As vezes penso que o excesso de efeitos especiais e os litros e mais litros de sangue falso em produções modernas tiram um pouco do glamour do estilo! Eu me irrito um pouco quando os diretores modernos abusam do CGI... confesso: prefiro as alternativas toscas!!! heheehehehe

Esse filme é um clássico do terror dos anos oitenta! Lançado em 1985, com direção de Dan O'Bannon (que fez o roteiro de "Alien"), segue na rabeira do outro clássico (mais clássico ainda) de George Romero: "A noite dos mortos vivos", de 1968 (que, pra quem não sabe, é o "pai" dos zumbis! -- só uma informação técnica: Romero não foi o primeiro a fazer filmes de zumbis, mas o primeiro a ganhar destaque e fazer desse um tema famoso).

A história de "A volta dos mortos vivos" é relativamente simples, mas bem amarrada (vou contar com spoiler - se bem que o filme é tão conhecido que não acredito fazer muita diferença)

Freddy é um jovem que está em seu primeiro dia de trabalho em um armazém de itens hospitalares (e coisas relativas, como objetos usados em aulas de medicina, por exemplo). Frank, seu supervisor, está lhe mostrando como as coisas funcionam por lá, até que o garoto (que está achando aquilo tudo muito estranho) pergunta qual foi a coisa mais estranha que ele já tinha visto por lá. Frank vem com uma história "maluca" sobre mortos que voltaram a vida, e conta que anos antes uma experiência científica feita a mando do exercito americano tinha saído do controle e gerado uma substância capaz de fazer coisas mortas voltarem a vida, o gás trioxina e, que isso teria gerado o famoso filme "A noite dos mortos vivos"... Alguns tambores contendo defuntos e o tal gás tinham sido entregues naquele galpão por algum erro do setor de entregas do exercito.

O rapaz acha tudo uma grande piada, até que Frank pergunta se ele quer ver os tais tambores! Poxa, depois de já ter visto esqueletos, cachorros pela metade e até um defunto inteiro que seria usado em aulas de anatomia, ele topou!
Mas o que eles não imaginavam é que, acidentalmente abririam o tambor contendo o tal gás militar e que seriam atingidos por ele. O gás se espalha pelo galpão e ressuscita o cadáver que estava na sala refrigerada! Desesperados, chamam o dono do galpão, Burt, que também fica desesperado! Lembram do filme de Romero e tentam "matar" o zumbi quebrando seus miolos... mas não acontece nada. Cortam a cabeça fora... e nada, as duas partes continuam mexendo desesperadas! Mesmo depois de picado em vários pedaços, o corpo morto ainda vivia!!! Burt, tem a ideia de levar o corpo no necrotério ao lado do galpão. O dono era um velho amigo seu e lá, eles sabiam, tinha um crematório. Pensavam que, dessa maneira, resolveriam o problema. O que eles não imaginavam é que a fumaça da cremação se mistura a chuva que começa a cair e vai parar no cemitério ao lado!!! E ai... isso mesmo, os mortos voltam a vida!!!

Paralelo a isso tudo, um bando meio punk de amigos de Freddy resolve esperá-lo pra lhe dar uma carona. Mas como chegam bem antes do horário (ele só sairia 22h naquele dia), a turma fica esperando no cemitério! A moçada toca o terror!!! (sobretudo uma maluquinha de cabelo vermelho que resolve arrancar a roupa e fazer dancinhas sensuais). E... bom, quando a chuva começa e os mortos levantam das tumbas... claro que eles também terão sérios problemas.

Freddy e Frank que são atingidos diretamente pelo gás, morrem - mas permanecem vivos! Como estão passando mal, Burt chama uma ambulância com paramédicos para tentar socorrê-los... Quando eles chegam, começam a examinar os dois e ficam perplexos: eles não tem pulso, estão gelados, as pupilas não dilatam... ou seja, estão tecnicamente mortos! Ao tentar ir embora daquele lugar estranho, os paramédicos são atacados pelos defuntos sedentos de miolos.
Pois é... miolos!!!

Ao examinar uma cadáver (quer dizer, um pedaço de uma cadáver), o embalsamador Ernie, que conhece sobre o processo de decomposição dos cadáveres, resolve examiná-la para tentar entender o problema que estão enfrentando. Ela lhe conta que sentem muita dor, muita mesmo (afinal, sentem seus corpos continuarem a se decompor... e que a única coisa que faz essa dor parar são miolos de vivos!!!).
Nessa altura, Freddy e Frank já estão em estado bem avançado... é preciso ficar longe deles!
É difícil ficar longe dos mortos-vivos, afinal de contas, nada os detém.
Depois de muito esforço, Burt consegue voltar ao galpão e enfim chamar um número de telefone que deveria ser usado imediatamente em acidentes com o tal material (mas eles ficaram com medo de serem processados pelo exército, enfim...). O número é encaminhado para um figurão do exercito que dá um comando para um soldado. O comando: destruir aquele lugar todo... sem deixar ninguém pra contar a história!!!!!
E ai: buuum!!!
E fim do filme!

O filme de O'Bannon dá uma repaginada nos zumbis de Romero. Eles não andam devagar com os braços esticados para frente, mas correm atrás de suas presas. Os mortos conseguem falar e se comunicam com os vivos (é hilária a cena em que, depois de comer os miolos dos paramédicos, um zumbi fala no rádio para que mandem mais médicos!!! E depois de comer miolos de policiais, também pedem mais policiais!!! hahahahahaha). Ah, os zumbis de O'Bannon só querem cérebros... o resto do corpo não os interessa! (diferente dos zumbis de Romero).

Esse é um filme muito bom! Muito mesmo! Imperdível para aqueles que gostam do gênero (sobretudo histórias de zumbis). Vale a pena ver (ou rever, como eu fiz - dá pra achar uma cópia dublada no youtube, dividida em 6 partes de 15 minutos) - não sei vocês, mas eu adoro rever os clássicos dos anos oitenta dublados!!! (Eu particularmente detesto filmes dublados, mas por ter visto esses filmes pela primeira vez dublados em fitas VHS, eu acho bacana! Nostalgico... mas bacana!)

Algumas sequencias desse filme foram feitas. A segunda muito ruim, a terceira mediana (as outras duas ainda não vi então não posso comentar).

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Serbian Film

Acabei de ver o polêmico e censurado "Serbian Film: horror sem limites" do diretor servio Srdjan Spasojevic.
O filme já foi exibido e até celebrado em outros países, mas aqui, o DEM (partido que se considera "democrático" o proibiu alegando que o filme pode incitar a pedofilia - já que insinua isso (não mostra exatamente, ok!) e que o veto é para proteger o direito das crianças garantido pelo ECA.
Bom, primeiro que o filme tem sim cenas bem fortes e que me deixaram de cabelo em pé e com vontade de chorar... mas de maneira alguma incita a pedofilia! Muito pelo contrário! Me fez ter ainda mais asco e ódio daqueles que gostam disso!
Outra coisa é que o filme é muito crítico (e não necessariamente sádico). Tem vários filmes por ai que mostram cenas assombrosas e que nem trazem tantas questões ao público. Muita gente vê filmes gore porque gosta de ver sangue no cinema (sem significar que a pessoa é um assassino em potencial), mas esse filme não é divertido (apesar de ter umas cenas bem absurdas que beirem o riso!). Não foi feito para ser divertido (pelo menos eu penso que não).
Creio que a censura é um abuso do poder e um regresso da democracia nesse país. E o mais engraçado nesse Brasil é que libertamos um certo mal caráter estrangeiro (que tem inclusive acusações de ter abusado de um garoto de 14 anos) e os políticos do DEM acham normal. Ou seja, pedofilia na vida real pode e na ficção não?
E repito, o filme não faz de forma alguma apologia a isso. Se alguém acha que faz só pode ser porque leu em algum lugar que essas cenas existem ou no máximo viu algum trailer ou trecho. Vendo o filme todo não tem como ter essa percepção.


O filme conta a história de Milo, um ator pornô que largou o trabalho pra ter uma vida normal em família (ele é casado com uma linda mulher e eles tem um filho de uns 6 anos). Só que as coisas não andam tão bem. Ele está ficando sem dinheiro e a vida é bem difícil... sobretudo quando se tem que sustentar uma família.
Ele recebe então uma super proposta tentadora para voltar a atuar mais uma última vez. Um cineasta que diz fazer cinema de "ARTE" lhe oferece uma quantia exorbitante para esse trabalho. Uma quantia que não é falada no filme... mas que seria suficiente para ele ter uma boa vida e criar seu filho com muito conforto. Sua esposa concorda com a oferta e ele então assina o contrato (sem ler exatamente todo seu conteúdo).
O diretor é um cara estranho que diz querer fazer algo novo, um pornô artístico... realista, visceral.
As gravações começam, mas Milo percebe que as coisas são meio estranhas (a primeira cena acontece em um orfanato abandonado!). O diretor não lhe entrega nenhum roteiro... ele recebe um ponto eletrônico que lhe diz o que fazer ali, ao vivo... enquanto caras com câmeras de mão o seguem...
As coisas vão ficando cada vez mais estranhas, até que Milo desconfiado pede que um amigo seu pesquise quem é o tal diretor (que já começa a parecer insano aos olhos de Milo).
Ele questiona o trabalho do diretor e diz que não pode fazer aquilo mais... Só que Milo não tinha a exata ideia de quem eram aquelas pessoas e o que estavam tramando exatamente.
É drogado por uma suposta médica da equipe e, quando está tentando ir embora para casa, largando aquilo, apaga. Acorda 3 dias depois em sua cama, em sua casa... sujo de sangue.
Ele não encontra sua esposa e seu filho e fica desesperado para encontrá-los e descobrir o que aconteceu.
Afe, ai a coisa realmente começa a ficar feia!
Ele vai tendo alguns flashes de lembranças... e percebe as coisas tenebrosas que fez sem ter consciência. Além disso encontra algumas fitas com as filmagens e assim vai ligando as peças do que aconteceu tanto com ele como com sua família.




Tenso.


Não vou contar mais para não cair em spoilers. O fato é que esse é um filme de difícil digestão. Não é, definitivamente, um filme para se divertir com a galera!


O diretor nos mostra o quanto pessoas podem fazer coisas absurdas por dinheiro e por puro sadismo.  "Este é um diário de nosso próprio molestamento pelo governo sérvio. Estamos pagando na mesma moeda", disse o diretor em uma de suas entrevistas. Pra ele seu filme é um tipo de protesto contra a censura que existiu na Sérvia por tanto tempo. 


Se eu gostei do filme?
Não sei dizer... A história eu achei muito boa! Mas, como já disse anteriormente, é um filme tenso, de difícil digestão. Acho que foi o primeiro filme gore que eu vi que tive vontade de chorar... Ele tem muitas cenas fortes com muito sexo,  sangue e violência (mas nada que um "Albergue" ou "Jogos Mortais" da vida não tenha).
Claro que certas cenas são tristes e chocantes (mas não são mostradas exatamente)... 




Fico pensando, eu que sou Historiadora da Arte, o que é arte. O diretor do filme (o personagem) diz que o que está fazendo é arte... eu passei o mês de julho todo estudando arte contemporânea e vi muitas coisas estranhas e até absurdas aos olhos de alguns... Artistas que se mutilam, que tatuam outras pessoas para realizar seu trabalho, que maltratam e/ou matam animais em nome da arte... Mas o que o filme mostra é demais. Certamente Srdjan Spasojevic (o diretor do filme) também nos faz questionar até onde a arte pode ir. Qual é o limite de um artista?
Oscar Wild certa vez disse que "não há artista doentio. O artista pode exprimir tudo". Será?
Será que realmente pode TUDO na arte?


E a arte de Srdjan Spasojevic? "A Serbian Film" é arte?
Em seu filme metalinguístico (um filme dentro do filme) ele nos faz questionar a arte (e outros valores, claro)... Provavelmente imaginou que sua obra também receberia tamanho questionamento.


Bom... apesar de censurado, claro que tem muita gente (como eu) que já viu o filme. A censura acaba sendo uma propaganda gratuita e um incentivo à pirataria. Hoje em dia todo mundo sabe que é possível encontrar e "baixar" filmes da rede... e é claro que não seria diferente com esse (sobretudo porque ele não foi censurado na maioria dos lugares! Como disse, chegou até a receber prêmios).




Se vale a pena ver: depende.
Se você tiver uma cabeça boa... se você tiver estômago... se você realmente gosta do gênero: sim. Se você achou o sadismo de "o albergue" demais pra você, por exemplo, é melhor deixar quieto... Mas já vou avisando: fizeram muito barulho, mas nem é tão assustador assim!!!


Mas como disse... terá que "baixar" da Internet (você conseguirá encontrar o filme com legendas em inglês com facilidade... bom, eu não entendo sérvio... então sem legenda não dá! hehehehehe. Não encontrei com legendas em português - mas não duvido que alguém já tenha feito isso e colocado na web!)


O que não pode é proibir... isso me dá mais nojo do que certas cenas do filme. A hipocrisia e a falta de caráter de muitos políticos desse país me agride mais que o filme de Srdjan Spasojevic....

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Exorcista - o início

Esses dias eu vi na tv o filme "O Exorcista, o início"... apesar de ser muito fã do filme original, de 1973 nunca tinha visto esse que se propõe a explicar como padre Merrin encontra o demônio pela primeira vez.

Este filme de 2004 dirigido por Renny Harlin (de "A hora do pesadelo 4: o mestre dos sonhos" e "O pacto", entre outros) e com roteiro de William Wisher Jr e Caleb Carr (baseado nos personagens criados por William Peter Blatty - que escreveu o romance e o roteiro de "O Exorcista") não é um filme do tamanho ou da importância do primeiro, mas ainda assim tem alguns elementos que fazem dele digno de ser visto por aqueles que gostam de filmes de terror.
Como se trata de um prólogo de um dos maiores filmes de terror de todos os tempos, seria realmente muito difícil agradar a todos. Mas repito, vale a pena sim!

Em "O Exorcista" vemos o embate de Marrin já idoso, junto com o jovem padre Karras, contra o demônio Pazuzo que tinha se apossado do corpo da menina Regan. O demônio já conhecia Merrin e pede que o chamem... mas, ficava a dúvida de onde, quando e como eles se conheceram.


O filme "O início" tenta responder essa questão. Somos levados à 1949. Merrin tinha deixado a batina, era agora somente um arqueólogo (como ele mesmo diz em determinado momento, ele estava mais interessado nas provas físicas e materiais do que na fé). Vivia no Cairo, Egito e era assombrado por pesadelos do que viveu na segunda guerra. Foi obrigado, por nazistas, a escolher dez pessoas para morrerem... se ele não fizesse isso, todos morreriam. Isso abalou demais aquele homem e fez com que perdesse sua fé. O soldado disse a ele, naquele momento "Deus não está aqui hoje, padre!" (frase que será repetida pelo demônio).
Merrin é convidado por um colecionador de antiguidades para participar de uma expedição no Quênia, numa remota região próxima à tribo Turkana. A região ainda era uma colônia sob o domínio militar inglês. Seu objetivo seria resgatar um artefato que poderia estar enterrado em uma misteriosa igreja descoberta em um sítio arqueológico.
Pois é, super misteriosa mesmo! Essa igreja estava totalmente enterrada... e eles queriam descobrir o motivo disso tudo (já que era bastante difícil encontrar igrejas desse tipo em regiões tão distantes de Roma).
Merrin é recepcionado pelo jovem padre Francis, que tinha sido enviado pelo Vaticano para estudar e investigar a tal igreja e, por Chuma, um nativo que serviria como intérprete.
Lá na aldeia ele conhece uma série de personagens que vão participar dos acontecimentos: por exemplo, o arrogante Jeffries, inglês líder das escavações; um nativo (que eu não lembro o nome, sorry!) que tem dois filhos pequenos, e que oferece sua casa como hospedagem e, claro, a médica Sarah - que está lá em missão humanitária (e que tinha passado por um campo de concentração)
O clima é bastante turbulento, já que os nativos não gostam da ideia de escavar aquele lugar. Eles dizem que é maldito e que as pessoas estão morrendo por que os ingleses estão mexendo onde não deviam. Há também o fato de que os nativos não estão contentes com a falta de liberdade imposta pelo domínio inglês: ou seja, o lugar é uma espécie de barril de pólvora!
Quando Merrin consegue entrar na igreja enterrada, descobre sinais de profanação. A cruz, por exemplo, tinha sido quebrada e colocada de cabeça para baixo (além de estranhas ilustrações em suas paredes). Também descobre uma misteriosa galeria subterrânea, onde encontra um local utilizado para sacrifícios humanos (é a primeira vez que vemos a escultura do demônio que aparece no filme "O exorcista"). Busca mais informações sobre o lugar e pergunta sobre o antigo arqueólogo que coordenava as escavações e descobre que ele tinha enlouquecido depois que entrou lá. Ele estava internado em um sanatório em Nairobi, dirigido pelo Padre Gionetti. O padre conta a Merrin o que realmente está acontecendo lá, e vem com um papo de que quando Lúcifer, que era um anjo, caiu... foi lá! Entrega para Merrin um livro de exorcismo e diz que ele vai precisar... Merrin diz que não é mais padre, mas Gionetti diz que ele precisa ser. A partir dai a coisa começa a esquentar!


O tal arqueólogo que enlouqueceu, se mata (e diz que está se libertando). Um dos meninos (filho do nativo que esqueci o nome) é atacado (e destroçado) por um bando de hienas (e o outro não! o que faz com que os nativos pensem que ele está tomado pelo demônio). O filho do líder Turkana nasce todo coberto de vermes e desfigurado (e morto). Também temos várias outras cenas fortes, incluindo um corpo pendurado na igreja, em decomposição, sendo devorado por corvos... e, claro, o embate entre Merrin e o "coisa ruim"! Ele precisa encontrar dentro de si a fé que tinha perdido para poder lidar com tudo aquilo... precisa voltar a ser o "padre" Merrin.
E, realmente, num momento de desespero, busca Deus e o encontra!


Bom, acho que o filme é um tanto politicamente correto - como a maioria dos filmes que trazem o demônio como vilão da história! É uma forma de dizer que Deus é a salvação e que mesmo que pequemos (percamos nossa fé, caiamos em tentação) ainda poderemos ser salvos se nos arrependermos de nossos pecados e acreditarmos em Deus! (As vezes penso que esses filmes deveriam ser exibidos em igrejas, pois são grandes exemplos de publicidade pró Deus!)

Gostaria de enfatizar uma ousadia desse filme: a morte do molequinho pelas hienas!!! Uau! Primeiro porque a cena é muito boa, segundo porque é uma criança! Geralmente as crianças não aparecem sendo mortas nos filmes de terror... e nesse, elas aparecem! - Falei no plural porque também tem uma menininha que é assassinada friamente por um soldado nazista na frente de Merrin na segunda guerra (cena que ele sempre revê em seus pesadelos).


Agora, fala sério... a maquiagem acima é muito ruim!!! Eles quiseram imitar o rosto desfigurado da pequena Regan, mas acho que ficou péssimo!!!

Enfim, vale a pena a pipoca! Não é nenhuma maravilha sensacional... mas vale a pena!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Filmes já comentados - I

Vou colocar aqui uma lista com os filmes que já comentei aqui no blog (com links) - em ordem alfabética.


Arraste-me para o inferno
Atividade Paranormal
Carrie, a estranha
Casa de Cera, A
Chave Mestra, A
Cisne Negro
Deixa ela entrar / Deixe-me entrar
Devil
Exorcista, O
Garota Infernal
Halloween
Hora do Espanto, A
Hora do Pesadelo, A (1984)
Hora do Pesadelo, A
Hostel
Iluminado, O
Lobisomem
Orphan
Pânico 4
Poltergeist
Psicose
Pulse
Saw (Jogos Mortais)
Sexta-feira 13
Último exorcismo, O

Por enquanto foram 25 filmes!
E ainda tem vários que estão na minha listinha pra rever e escrever por aqui.

Carrie, a estranha

Em época em que tanto se fala do tal bullying (confesso que esse assunto já me irritou!), não tem como não relacionar com a história da garota Carrie White criada por Stephen King. Já foram feitos dois filmes baseados no livro: um, o mais famoso, de 1976 (com Sissy Spacek e John Travolta no elenco) e um de 2002 (com a loirinha que participou como Claire em Lost, Emilie de Raven). O primeiro, de 1976 foi dirigido pelo prestigiado Brian de Palma, o segundo por um desconhecido David Carson (que atuou em "Pague para entrar, reze para sair").

 

Bom, confesso já de início, que gosto dos dois filmes. Cada um tem seus pontos positivos.
A versão de 2002 foi modernizada, a história foi trazida para os tempos atuais (bom, já não tão atuais assim!). O elenco é jovem e bonito (com exceção de Carrie, que é bem feiosa, coitada!). O clima do filme lembra aqueles seriados jovens! Acho que fez sentido, já que o apse do filme acontece em um colégio de ensino médio. No elenco do filme mais antigo, por mais que a história se passe também num colégio, os atores me parecem mais velhos! Sei lá, talvez seja só impressão minha.
A história de King fala da garota Carrie White que tem uma mãe maluca fanática religiosa. As duas vivem só, e a mãe não quer permitir que Carrie se aproxime das outras pessoas. Quer que ela se mantenha pura, sem se meter com os pecados e com a imundice que assola a mocidade! Mas com isso ela só consegue que sua filha se transforme em um ser absolutamente estranho. Ela se veste de modo estranho, se comporta de modo estranho, e não se socializa com os outros jovens de sua idade. Com tudo isso, claro, a pobre Carrie sofre com brincadeiras (o tal bulliyng). Só que Carrie é uma garota com poderes paranormais. Ela consegue mover objetos e fazer coisas que não entende exatamente.
A coisa começa a esquentar quando Carrie fica menstruada, um dia na escola, no chuveiro, depois de uma aula de educação física. Ela não fazia ideia que aquilo aconteceria com ela, não sabia nada a respeito (sua mãe não a tinha contado por achar que a menstruação era um castigo de Deus, e por pensar que como criava sua filha para não ser pecadora, ela não seria amaldiçoada com isso). O fato é que a menina pensa que está morrendo e fica desesperada! As outras meninas que já eram menstruadas (ou pelo menos sabiam o que era aquilo) zoam Carrie e ficam gritando pra ela!!!
A professora de educação física da escola fica puta com as meninas e acolhe Carrie, explicando pra ela o que estava acontecendo. Volta a falar com as garotas e as ameaça! Uma delas, Chris, a bonitinha e popular da escola, acha um absurdo ser repreendida e não aceita o castigo. Com isso, o que ela ganha é a proibição de ir no baile do colégio (que estava próximo).

Uma das garotas fica arrependida, e pede para que seu namorado convide a pobre Carrie para ir ao baile. Só que Chris tem um plano para acabar com Carrie, já que ficou absurdamente brava por ter sido impedida de ir ao baile.
Planeja com seu namorado (Travolta, na primeira versão) e outro amigo matar um porco para pecar seu sangue e vísceras, para jogar sobre Carrie, para ridicularizá-la na frente de todos. Para isso, ela teria que ser eleita a rainha do baile (e, claro, Chris daria um jeito de trocar as cédulas dos votos, para ter certeza de que isso aconteceria).


Bom, Carrie vai ao baile, é coroada rainha e... claro, o plano de Chris funciona certinho! O que ela (e ninguém mais ali presente) imaginava é que Carrie tinha poderes paranormais. Cheia de cólera, Carrie começa a destruir o ginásio! Fogo, objetos voando... e claro, muita gente morrendo!
Parece que nada conseguia conter a fúria de Carrie.
Ah, ela também mata sua mãe (e confesso, dá uma sensação boa de alívio! afinal, se Carrie era estranha, se tudo tinha chegado até aquele ponto, a culpa era dela!).

Tenho um pequeno comentário sobre as atrizes que fizeram Carrie. No primeiro, Sissy Spacek é uma Carrie muito bonita! Não faz tanto sentido. A atriz tinha que ser mais feia. Ela fica linda no baile, mas o contraste não é tão grande. No segundo, Angela Bettis é uma Carrie feia pra caramba! ok, que legal! Mas no baile ela não fica linda! Continua feia! hahahahahaha! Acho que ela tinha que ter ficado mais bonita no baile! (é que estou pensando no livro. Nele, a personagem é bem feia, mas no baile ela fica linda - bem aquele esquema de menina feia porque não se arruma, mas quando se arruma fica linda e chama a atenção de todos!).
As atuações de Sissy Spacek e Piper Laurie (como sua mãe) no filme de Brian de Palma são sensacionais!!!



Ah, o filme de 2002 foi feito diretamente para TV (como outras histórias de Stephen King).

Então, nenhum dos dois filmes é assustador! Não chegam a ser exatamente terror (daqueles de dar medo, de ficarmos presos na poltrona... tensos, nem de dar vontade de fechar os olhos para não ver certas cenas!). Carrie é classificado como Terror, mas como disse, é tranquilo! O mais bacana é realmente a questão do sobrenatural!
Pra mim este é um filme triste. Mais do que me assustar, me deixa triste. Triste pela Carrie. Triste por saber que tem vários pais malucos que estragam a vida de seus filhos. Triste por saber que tem muitos adolescentes maus, que são capazes de muitas crueldades... Tá cheio de Carries por ai (sem os poderes paranormais, creio eu)... e o pior é saber que também tem muitas "Chris" e muitas "Margaret White"...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sexta-feira 13

Hoje resolvi rever o primeiro filme da super longa série de terror Sexta-feira 13. Faz tanto tempo que vi pela primeira vez que nem me lembrava mais dos detalhes.

Esse é o primeiro filme que trouxe a história de Jason Voorhees, de um dos maiores vilões de filmes de terror. Confesso que não sou tão fã de Jason, gosto mais do estilo de Freddy Krueger (de "A hora do pesadelo) e de Michael Myers (de "Halloween). Ainda assim, esta é uma série que deve ser respeitada pelos fãs do gênero. Nem todos os filmes da série são bons, alguns eu diria que são ruins... mas de maneira geral, Jason é Jason!!!


Pra quem já viu algum dos filmes da série, mas não o primeiro (de 1980), a história é a seguinte (bom, provavelmente colocarei alguns spoilers... mas como se trata de um filme já histórico, não acho que seja um problema!)
O filme começa em uma noite de 13 de junho de 1958. Somos levados até o Acampamento Cristal Lake (um daqueles acampamentos, como os que temos também por aqui... com atividades de férias pra criançada). As crianças já estão dormindo e um grupo de monitores está cantando canções super típicas de acampamentos (inclusive, quando eu era monitora em um, nós cantávamos uma versão da mesma música!!!) Eis que um casal resolve sair de fininho pra namorar. Mas quando estão quase nos finalmentes, alguém conhecido (mas que não nos é revelado) os surpreende e os mata. Sabemos que os jovens conheciam a pessoa porque eles falam com ela, tentando explicar que não estavam fazendo "nada"!
O tempo passa e somos levados ao tempo presente (bom, presente pra época que o filme foi feito - logo este presente é 1979).
Uma mocinha aparece com uma mochila enorme. Ela está indo pro acampamento Cristal Lake. Foi contratada para cozinhar. Ao parar na cidade para perguntar como chegar até o acampamento, ouve várias histórias de que aquele lugar é amaldiçoado, que é um lugar sangrento, azarado... Ainda assim, a mocinha (que diz que não acredita em fantasmas) ignora todos os avisos e resolve ir pra lá.
Na verdade ela nem chega lá, pois é encontrada pelo assassino (ela pega uma carona com ele, sem saber o que a esperava).
Então conhecemos os outros jovens (vítimas) que estão no acampamento. Steve Christy está tentando reabrir o local, e pra isso contratou alguns jovens monitores para ajudá-lo nos últimos retoques. Ele também não ouviu os avisos, e insistia que seria um ótimo negócio reabrir Cristal Lake.
Os jovens vão morrendo um a um... Como o local é grande e uma chuva torrencial começa a cair por lá, demora bastante pra última sobrevivente (Alice) perceber que os outros estavam mortos.
Então o vilão nos é apresentado (sim, isso mesmo! Nesse primeiro filme nada de maluco com máscara de  hóquei. Quando as mortes acontecem, vemos da perspectiva do assassino, com seus olhos! (algo que já tinha sido feito em Halloween, bem no começo do filme é, de certa forma, imitado neste).


Mas quando só sobre Alice, somos apresentados ao vilão. Ou melhor... à vilã! Isso mesmo, pra quem não sabe, no primeiro filme, Jason não mata ninguém. Quem mata é sua mãe Pamela Voorhees.
Ela conta pra Alice que em 1957, um menino tinha se afogado no lado por descuido de dois monitores que, ao invés de olhar as crianças, estavam namorando. Ela conta que aquela criança era seu filho Jason.
Ela nos conta que foi ela quem matou os dois jovens em 1958... e que matou esses de agora também!
Acontece então uma  perceguição típica dos filmes de terror. A mocinha, ao invés de correr pra estrada e tentar fugir dalí, fica se escondendo por lá mesmo, dentro das cabanas! Além disso, demora pra perceber que os vilões sempre voltam! Mas no fim ela aprende... e consegue cortar a cabeça de Pamela fora!
Entra em um caiaque e acaba adormecendo. Nisso Jason surge da água e a derruba do barquinho. Mas nisso acorda em um hospital. Era tudo um pesadelo (tudo médio, só a parte que Jason a derruba do barco). Aparentemente atormentada, ela pergunta pelo menino, mas o policial diz que não tinha menino nenhum... que eles não encontraram nenhum menino. E ela diz que então ele continua lá!



Bom, essa é a história.
Sean Cunningham (diretor do filme) chegou inclusive a dizer que, a princípio, não existia a ideia de transformar Jason no vilão. Isso acabou vindo depois que esse filme fez muito sucesso.
Eu gosto desse filme, mas acho que ele não consegue manter o suspense como Halloween, por exemplo (que é quase da mesma época). A trilha sonora me parece uma imitação da trilha de Psicose (com batidas bruscas). Eu gosto muito do texto de Victor Miller, mas acredito que faltou um pouco de brilhantismo pro diretor.
Mas ainda assim é um bom filme. Tem cenas de mortes boas (uma das minhas preferidas é a de Jack - interpretado por um joven Kevin Bacon). O machado na cabeça de uma das meninas também é bem legal!



Um clássico. Vale a pena! (mas acho que gosto mais da parte 2 - preciso rever e ai conto pra vocês).

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Halloween

Hoje revi Halloween, um dos maiores clássicos de terror de todos os tempos.
Esse foi um dos filmes mais marcantes da minha infância. Lembro que o vi com minha irmã mais velha e alguns amigos dela. Eu era a mais nova do grupo e queria me fazer de durona. Apesar de estar assustada, não queria assumir. Naquela noite, não consegui dormir. Foi a única vez em toda a minha vida que precisei bater na porta do quarto dos meus pais dizendo que estava com medo, que não conseguia dormir.


Hoje acho isso tudo muito engraçado, mas lembro da sensação de pânico até hoje. Devia ter uns sete ou oito anos na época.
Como tinha ficado muito assustada, nunca mais o vi. Vi as continuações (que não gosto muito), mas esse, o primeiro, o responsável por vários pesadelos infantis, nunca mais.
Mas depois que resolvi fazer esse blog disse a mim mesma que era uma questão de honra rever o clássico de John Carpenter. E encontrar o filme em blu-ray em uma viagem ao interior no feriado, por um preço camarada me animou.
Uma das coisas mais interessantes de ver esse filme mais de vinte anos depois, foi que depois de toda a minha bagagem no gênero, me senti mais confiante... mas ainda assim levei vários sustos e fiquei tensa. Já não lembrava de detalhes (só do fato daquele maluco do Michael Myers não morrer nunca! De usar aquela máscara sinistra, carregar uma faca enorme e andar duro, quase como um robô - ah, também lembrava que a mocinha sobreviveria! rs).


O filme de Carpenter é sensacional. O modo como a história é contada, as tomadas de câmera, a trilha sonora (que é dele também), as atuações (sobretudo a expressão corporal de Tony Moran como Myers), a luz... fazem desse filme uma espécie de aula sobre filmes de terror. Claro que Carpenter bebe muito dos filmes de terror mais antigos, sobretudo do mestre Hitchcock... Mas é bastante claro que graças a Halloween é que surgiram outros grandes filmes, com grandes vilões (como Jason de Sexta-feira 13 ou Freddy Krueger de A hora do pesadelo).
O mais interessante é pensar que este foi um filme de baixíssimo orçamento. Custou US$ 320 mil. A equipe era super pequena e muita gente trabalhou de graça (ou quase isso). Tony Moran, por exemplo, ganhou US$ 25 por dia (não, não esqueci nenhum zero não), pensando que as filmagens duraram 20 dias apenas (divididos em 4 semanas), ele embolsou 500 dólares para ser um dos maiores vilões do cinema de todos os tempos!! (Ok, claro que depois, com todos os lucros que o filme teve - foi por muito tempo o mais lucrativo filme da história - creio que foi superado por "atividade paranormal"... ele ganhou mais!)
Esse foi o primeiro filme de Jamie Lee Curtis (que já atuava na tv). A atriz é filha de um casal de atores americanos. Sua mãe, inclusive, é Janet Leigh (que viveu a inesquecível Marion de Psicose) - que também aparece em Hallowen H20!


Bom, para quem por acaso não sabe, o filme conta a história de um garotinho de seis anos chamado Michael que, numa noite de Hallowen, mata a irmã a facadas e vai parar em um sanatório. Acontece que 15 anos depois ele consegue fugir de lá e volta para sua cidade (Haddonfiels no Illinois) e para sua casa. A única pessoa que sabe do perigo que as pessoas estão correndo é o médico que cuidava do garoto, o Dr. Sam Loomis (Donald Pleasence), que insistia que ele era a encarnação do mal e que nunca deveria ser libertado.
Acontece que ao chegar a Haddonfiels e a sua velha casa (que ficou abandonada desde o crime), ele vê a jovem Laurie. Provavelmente a relaciona com sua irmã e passa a segui-la. Na verdade, como quase sempre vê Laurie com suas duas amigas Annie e Lynda, passa a persegui-las também.

Esse filme fala do mal que está em toda parte e que nunca morre. Myers não parece humano. Como muito bem diz o Dr Loomis a certa altura do filme, "ele não é humano". Claro que sabemos que ele é. Que é um garoto esquizofrênico que matou a própria irmã e que passou 15 anos mudo em um hospital psiquiátrico, com olhos negros, demoníacos, olhando para o nada, a espera de algo que o despertasse... e esse despertar foi o que fez com que ele fugisse e voltasse a matar. Voltasse a agir como um maluco.
Myers parece realmente um robô. Seus gestos são marcados, sem emoção (suas giradas de cabeça são espetaculares, sobretudo as da cena que esfaqueia Bob na cozinha, quando contempla o corpo morto, pendurado pela faca como se estivesse olhando um quadro ou uma coleção de borboletas). Esse filme personifica a ideia de bicho-papão! Quando o pequeno Tommy pergunda a Laurie o que é Bicho-papão, ou então quando vê Myers e o chama dessa maneira... ou ainda no fim, quando ela pergunta ao Dr Loomis e ela diz que sim, que de algum modo ele é.
Toda criança pensa em Bicho-papão. Ele é aquilo que tememos, e como Myers, não morre. Sempre levanta pronto pra atacar novamente.



Infelizmente o dinheiro fez com que esse filme se transformasse em uma enorme sequência (ao todo são 10 filmes), sendo que a maioria deles é bem ruim - e nenhum chega aos pés deste.

Michael Myers ainda assusta e atrai uma legião de fãs. Ainda é um dos vilões mais lembrados do cinema de terror, ainda é um dos mais assustadores.

Se você ainda não viu esse filme, corra ver. Como é um clássico, não é nem um pouco difícil de encontrá-lo.
Além disso, como falei, há uma edição em Blu-ray lançada pela Spectra Nova (que apesar da má fama nos dvds, fez algo bacana no brd - a qualidade da imagem e do som está muito boa, além disso, eles mantiveram o documentário "Um corte acima de tudo", de 87 minutos, que certamente agradará aos fãs.)
Encontrei por R$ 29,90.


Vejam, divirtam-se!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Psicose

Psicose é, com certeza um dos maiores clássicos do cinema de terror. O filme do mestre do suspense Alfred Hitchcock apela para o terror psicológico ao contar a história de Marion Crane (Janet Leight), uma jovem apaixonada por seu noivo Sam (John Gavin), que é separado e tem que pagar pensão à ex-esposa, e não tem dinheiro para casar com ela e lhe dar uma vida confortável. Entra na história US$ 40 mil que mudarão os rumos de tudo. Esse dinheiro veio de um negócio fechado na imobiliária em que Marion trabalha. Seu chefe pede que ela deposite a quantia no banco, para não ficar com todo aquele dinheiro no escritório. Mas ao ver tanto dinheiro, ela resolve ir embora com ele e assim, começar sua vida com Sam.
A ideia de que fez algo errado atormenta Marion, que sente como se estivesse sendo seguida, procurada.
Segue de carro até a cidade onde mora Sam, mas no meio do caminho uma chuva muito forte faz com que ela se perca da estrada principal e tenha que pedir abrigo em um Motel um tanto abandonado: O "Bates Motel".

Lá é recepcionada pelo gentil Norman Bates, dono do local. Como chovia muito e não havia nenhum restaurante próximo dali, Norman convida a hospede (que se registra com um nome falso) para jantar com ele em sua casa. Ela aceita. Mas quando ele vai arrumar as coisas, Marion o ouve discutindo com uma mulher, que acha um absurdo ele dar bola para uma estranha e diz que não quer ninguém lá para jantar. Norman, envergonhado, traz para ela uma bandeja com algumas coisas. Conversam um pouco, mas depois de comer, ela vai pro quarto descansar. Afinal de contas, diz que precisa partir no dia seguinte ao amanhecer.
É ai que somos presenteados com uma das mais clássicas cenas de horror de todos os tempos. A famosa cena do chuveiro em que a Sra Bates mata Marion a facadas.


Como muita gente sabe, essa cena deu muito trabalho ao mestre do suspense. Com a falta de recursos da época foram necessários vários dias para se filmar essa cena que dura menos de dois minutos. Os vários cortes de cena aliado à trilha sonora (também uma das mais famosas do cinema de terror) ampliam a ideia de pânico - mesmo não nos mostrando em momento nenhum a faca entrar na atriz. O barulho da lâmina atravessando a carne foi conseguido com a gravação do som de uma faca entrando em um melão. O sangue é calda de chocolate. Como o filme é em preto e branco, a ideia de sangue conseguiu ser passada mesmo com algo que não tem cor de sangue... Usou chocolate pela viscosidade... assim, realmente parece sangue na tela.


Certeza que por causa desse filme, muita gente ficou com medo (ou ainda fica!) de tomar banho... sobretudo em banheiro com cortina! Confesso que um dos maiores sustos da minha vida - daqueles que você realmente pensa que vai morrer de ataque cardíaco veio de uma brincadeira inspirada em Psicose! Tenso! rs


A partir daí a história começa a mostrar a irmã de Marion desesperada por seu desaparecimento. Ela contrata um detetive particular e vão até Sam, com esperança de que ela estivesse com ele. Mas ele fica tão surpreso quanto ela. Não sabia de nada, nem do desaparecimento, nem do roubo do dinheiro. Decide ajudar a cunhada a encontrar sua amada.

A partir dai o filme vai se revelando. Conhecemos um pouco mais da história de Norman Bates, de sua loucura e dupla personalidade.

Psicose é, sem dúvida, um filme que até hoje consegue deixar os espectadores presos à poltrona. Queremos descobrir o que está acontecendo e o que motiva o assassino.
É mais um dos tantos filmes que mostram psicopatas e seus transtornos. Nos mostra como é difícil reconhecer um e como eles são terrivelmente violentos - e o quanto, em muitos casos, não tem noção do mal que fazem.

Muitos diretores do cinema de terror tem essa obra como base. Afinal, é uma aula de como se fazer um bom filme de suspense... O modo como Hitchcock posiciona as câmeras, os atores... sensacional. A tal cena do chuveiro é incrível! (Por isso coloquei no post, acho que merece ser mostrada). O foco da câmera no ralo, no olho da atriz. Lindo.

O livro de Robert Bloch (que inspirou o roteirista Joseph Stefano a fazer o roteiro de Psicose) é inspirado no serial killer Ed Gein, um conhecido assassino canibal que viveu em Winsconsin (EUA), e que em nos anos 1950 matou várias pessoas (além de matar, arrancava a pele e utilizava pedaços do cadáver ara fazer objetos domésticos). Esse rapaz (o serial killer) também foi inspiração para vários outros super filmes do gênero, como "O massacre da serra elétrica", 1973 e "O silêncio dos inocentes", 1991 (na concepção de Buffalo Bill). Também tem um filme assumidamente sobre ele "Ed Glein", de 2001 (mas eu não vi).






O fato é que este é um dos filmes mais imperdíveis do gênero. Se você ainda não viu, corra ver.