Acabei de assistir a Jogos Mortais 6... eu não tinha visto ainda. Não vou, neste post, contar o enredo de cada um dos 6 filmes... Só fazer alguns comentários.
Confesso que, a princípio, gostei muito dos dois primeiros, mas depois perdi um pouco o interesse... Só que mais tarde, analisando os filmes, mudei de ideia. A história é genial. Não tenho certeza se continuará assim, já que semana que vem estreia o que estão chamando de última parte. Espero realmente que seja. Acho que já está longo demais e precisa de um fim pra poder se tornar uma obra-prima completa.
Os filmes contam a história de John Kramer, um homem que pra mim não pode ser chamado de vilão. John, o “Jigsaw” é uma espécie de serial killer... mas ele não mata ninguém. Coloca as pessoas em uma espécie de jogo no qual devem refletir sobre suas vidas e tomar escolhas que podem resultar na morte de pessoas (ou dela mesma). Ninguém que participa dos jogos de Jigsaw é inocente ou bonzinho. Elas precisam estar ali. Precisam refletir sobre suas vidas. Precisam aprender a fazer escolhas certas. Esses jogos são como uma terapia que ele acredita realmente funcionar.
John era casado com Jill Tuck, uma terapeuta. Ela trabalhava com dependentes químicos, na tentativa de livrá-los do vício. Mas foram feridos “mortalmente” por um deles... Um daqueles que Jill tentava curar faz com que ela perca o bebê que esperava com tanto amor. Isso machucou muito John. Além disso ele descobriu que tem um câncer muito severo. Ou seja, é um cara que não tem mais expectativa de vida e que resolve ajudar as pessoas a refletirem sobre a vida delas.
Ok, ok... os métodos empregados por John são um tanto sádicos! Além disso, quem é ele pra escolher quem precisa ser testado? Quem é ele pra julgar o que é certo ou errado? Talvez isso o torne um tipo de vilão, mas continuo acreditando que ele, na verdade, é só alguém que quer ajudar... uma espécie de anjo torto. Tá mais pra filosofo que maníaco. Afinal, ele sempre joga na nossa cara (em todos os filmes) que não sabemos dar valor à existência. Essa série e esse personagem me fazem pensar sobre mim e minha vida. Primeiro, que escolher nunca é fácil e sempre que escolhemos um lado, deixamos outro (ou outros). Segundo, não dá pra ajudar todo mundo. Terceiro se realmente amamos a vida é preciso pensarmos em nós mesmos. Claro que devemos tentar ajudar quem amamos... Mas mais importante do que fazer por ela, é fazer com que ela se ajude. Cada um precisa superar seus obstáculos, cada um precisa fazer suas escolhas. Sabe... aquela velha história de não dar o peixe, mas ensinar a pescar.
Bom, ele também não é tão mau assim, pensem um pouco. Muitas pessoas (e isso me irrita profundamente em algumas “vítimas”) simplesmente não conseguem entender as regras!!! Não vou citar nomes pra não escrever spoilers... Mas algumas são óbvias pra quem viu os filmes! Dá ou não dá raiva!?? Muitas vezes é só relaxar e deixar as coisas acontecerem... Mas não, somos incapazes de ouvir os outros e de ter calma. Olha só se Jigsaw é ou não é um sabedor da alma humana?
Outra coisa que me irrita nas “vítimas” é que não conseguem se controlar e fazem tudo errado ou então não conseguem sacar as coisas. Ok, estão sobre pressão... Não deve ser nada fácil pensar com calma numa situação limite como as propostas por ele... Mas ainda assim. Mais uma vez eu digo. O problema não é ele, mas a nossa fraqueza, nossa maldade, nossa incapacidade em lidar com a vida.
Sabe do que eu me lembrei... Não tem nada a ver com os filmes... Quando estamos em um avião, a aeromoça fala pra, em caso de pane e despressurização, colocarmos as máscaras de ar primeiro em nós mesmos e só depois ajudar alguém! Nunca passei por um acidente aéreo (e, espero nunca passar!!!) mas certeza que, muita gente morre porque não escuta isso e quer salvar alguém do lado que parece mais frágil. Primeiro nós! É difícil ouvir, é difícil seguir as regras, é difícil assumir que precisamos pensar primeiro na gente mesmo (como poderemos ajudar alguém sem antes estarmos bem?).
Os filmes nos fazem refletir demais. Acho que por isso que eu até não ligo tanto pro lado gore. Adoro filmes de terror e suspense, mas prefiro muito mais os psicológicos que os simplesmente violentos. Acontece que, pra mim, essa série é muito mais psicológica que violência pura. Claro que muitos vão dizer que Saw é só sangue, mutilações e carnificinas em geral. Mas continuo afirmando, pra mim não é!
John diz coisas incríveis nos filmes... Não marquei pra escrever aqui direitinho, mas algumas ideias ficaram na minha cabeça. Ele diz que não é assassino, e que na verdade, despreza os assassinos... que o que ele faz é reabilitação. John Kramer nos ensina a não menosprezar a vida.
Acho que o pessoal que pensou na continuação da série pode até ter errado em alguns momentos (a história é ótima, mas poderia ser resumida em uns 3 filmes...) Quiseram lucrar demais e, agora, todo ano no Halloween tem mais um Saw. Isso até já virou motivo de piada. Uma vez, vendo “Two and a half man” apareceu uma piada em que o garotinho (que é um folgado escroto) era mais velho, e um “perdedor” que trabalhava num cinema vendendo pipocas. O cartaz atrás dele era Saw # (um número imenso que não me lembro mais... Mas coisa de 32, 25... por ai! Hehehehehe). Por isso espero realmente que em novembro essa história acabe.
Se acabar (e acabar direito) pode se tornar um ícone do mundo do terror. Uma obra-prima! Será encerrado e então cultuado. Agora, se começar a palhaçada de continuar mais e mais... Afe, até eu que curto a série vou perder o respeito.
No filme 6 muitas coisas começam se resolver e, a situação já está no limite.
Bom, daqui uns dias (depois que eu ver o sétimo) volto aqui e escrevo outro post mais completo, com uma análise mais profunda de tudo isso. Por hora quero dizer pra vocês verem Saw. Mas verem mesmo, não só pelo sangue e pelas tripas... Mas pelas ideias lançadas. Pela reflexão. Mas tem que ver todos, desde o começo. Não dá pra ver fora da ordem, já que muita coisa se perderá. Os personagens estão ligados, os fatos são quase todos simultâneos.
6 comentários:
Bruno Hideki - sala 69
eu, como fã da série,Jogos Mortais,concordo com vC.
Realmente o filme acabou virando uma máquina de dinheiro,e ficou longo demais,porem,no fim tudo se encaixou,mas achei desnescessários pelo menos uns 2 filmes,q poderiar ter sido apenas um.
Mas o decorrer da história trouxe um bom suspense e sempre com um final empolgante,com pontas soltas e revira voltas.
sinceramente,não sou nada contra,mas odeio pessoas q acabam dizendo q SAW eh um terror, pois terror,eh Jason/Freddy...matam sem razão nenhuma,SAW,qm gosta e acompanhou sabe,q não eh uma simples matança,e sim um verdeiro jogo pela vida,radicalizando.
Tem toda uma história por trás de tudo,e qm entende isso,gosta de analisar (assim como eu,"re"assisto muitas e muitas vezes os anteriores).
John sempre tem aquelas frases "indiretas" e q fazem o público pensar (ou não),frases q tem a ver com a história,no decorrer do filme,e sempre,no final do filme,tem aqueles flashbacks incriveis,q fazem vc dizer "NOOSSA!" e outro adjetivos mais vulgares.
Jigsaw eh um gênio,no que diz em testar as pessoas da forma correta,pega o ponto fraco/pecado de cada um,e os aplica nas armadilhas.
Parabéns pelo post professora,concordo em MUITOS comentários seus,já escrevi demais por aqui o/
Gostaria de discutir sobre Jogos Mortais - O Final em um momento mais oportuno.
Só para ressaltar,realmente teve muitas armadilhas "inuteis" para a série,assim poderiam ser filmes mais objetivos e reduzidos.
Armadilhas q nunk mais foram lembradas,isso custou tempo de filme.
E como vc disse "Se acabar (e acabar direito) pode se tornar um ícone do mundo do terror. Uma obra-prima! Será encerrado e então cultuado. Agora, se começar a palhaçada de continuar mais e mais... Afe, até eu que curto a série vou perder o respeito."
Concordo plenamente com isso.
O final foi bom,foi algo q eu suspeitava desde Jogos Mortais 2~3 por aih.Mas teve coisa q me surpreendeu de verdade.
E resaltando mais um aspecto da série, na minha opinião,a série ficou longa demais,devido a espera da volta de Cary Elwes (Dr.Gordon) para a participação do filme,pois ele havia brigado com a produtora LIONSGATE,e os diretores tinham de fazer o maximo de mistério,e qndo Cary Elwes voltasse,tudo,todas as pontas soltas se encaixariam.
A série não poderia acabar sem a explicação de 'onde foi parar Dr.Gordon?'.Já que ele não quis participar dos outros filmes,fizeram com q deixassem pistas.
Desculpe enviar tantos comentários, e longos ainda =/
Eu fiquei de escrever um texto sobre o sétimo filme e ainda não fiz isso...
jho kramer "jigsaw" ele não e crueu,não é um vilão,pq nos temos que aprender do jeito mal pq nós numca aprenderiamos do jeito certo é a mesma coisa que vc falar para uma pessoa não use drogas vc acha que essa pessoa pararia desse jeito não so sendo presionada.
Acho ele um homem muito esperto engenhoso e a quela marca de um quebra-beça que ele marca nas pessoas que perdem que falta alguma coisa nela o instinto de sobrevivencia,jho kramer é um gênio
ele é um vilão altentico suas armadilhas jogos com a cabeça so tenho uma palavra para resumir "jigsaw"ele e muito foda!!!
Olá! Gostei muito da sua reflexão... Sou muito fã de SAW, tornei-me depois de superar o grande choque causado pelo filme... kkkkk Também penso que SAW puxa muito mais pro terror psicológico do que para o estilo "sangue e tripas e nada mais"... A maioria das pessoas com quem converso sobre a série (geralmente pessoas que assistem um ou outro filme, ou mesmo assistem todos sem prestar muita atenção, ou sem demonstrar interesse em compreender essa brilhante história) acham que é só sangue, história confusa e sem objetivo. Eu discordo. É uma grande lição, nos mostra que devemos dar mais valor à própria vida, e a vida alheia também, pois há pessoas que acabam prejudicando outras com os seus atos. Tem alguns furos sim, mas praticamente tudo se encaixa em algum momento dos filmes seguintes, por isso é recomendável assistir em ordem. Eu adoro a história de SAW, assisto os 7 filmes sempre que posso. Eles se encaminham para o final de modo diferente dos outros filmes, não como a maioria, aquele começo-meio-fim clichê, como por exemplo você descobrir que o final desse filme, não era necessariamente DESSE filme, que esse final cola com final de outro, ou acontece em tempo diferente do que você imaginava o filme todo (difícil explicar meu sentimento ao assisti-los). Único filme (sim, considero todos como um só rsrs) que chegou a me impressionar verdadeiramente, me fazendo olhar com outros olhos, me fazendo pensar por muito tempo depois que assisti, mais especificamente, ficando na minha mente pra sempre.
"Algumas pessoas são tão ingratas por estarem vivas... Mas não você. Nunca mais. Game Over!"
PS 1: Em Two and a Half Men, o pôster que aparece é de SAW 33 kkkkk... Até postei no Facebook um tempo atrás, mas ninguém deu bola, parece que sou a única cinéfila/detalhista/fã de SAW (tudo junto) entre meus amigos kkkkkk
PS 2: Desculpe o comentário imenso, se eu não me controlar, passo o dia todo escrevendo sobre SAW rsrs
Postar um comentário