Esses dias estava em casa a toa e ia começar a passar na tv
o filme “A maldição da libélula”, como li o nome de relance pensei se tratar de
“O mistério da Libélula”, um filme de amor bonitinho que já tinha visto há
muito tempo e pensei: vou rever! Mas ai o filme começou e... bem, não era bem o
filme que eu pensei que fosse. Cliquei rapidamente em “informações” e vi que
era um filme de terror. Como gosto muito do gênero resolvi ver. Nunca tinha
ouvido falar desse filme antes e não fazia a menor ideia (além das poucas
informações que apareciam na tv) do que esperar.
O filme é uma espécie de “Jumanji” de terror! Isso mesmo,
aquele filme dos anos 90 com o Robin Willians que muita gente já viu e muita
gente (como eu) adora! Mas a comparação fica só no fato de nos dois filmes terem
um jogo e as coisas que aparecem nas jogadas realmente acontecerem.
Em “A maldição da libélula”, que originalmente chama “Open
graves” (e também achei como “Jogo macabro”) há a fórmula manjada dos filmes
(fracos) de terror voltados para o público jovem (e idiota): jovens sarados,
mulheres gostosas seminuas, muita bebida, sexo e estupidez. Os personagens são
mostrados de modo raso e por isso não há identificação com eles.
Pelo jeito não gostei do filme não é mesmo? Pois é, não! A
única coisa boa que ele me trouxe foi a vontade de querer escrever novamente
aqui no blog – que já estava abandonado há mais de um ano.
O filme se passa em uma das praias do noroeste da Espanha. O
personagem central é Jason, que está apaixonado por uma menina misteriosa
chamada Erica (como os personagens são todos rasos, não sabermos muito sobre
Erica não parece nada demais). Ele tem um amigo que faz fotos sensuais de
garotas – e é um galinha, porque tira vantagem dizendo ter “traçado” todas as
belas que fotografou (visão machista e preconceituosa dos fotógrafos e das
modelos), inclusive tem duas garotas que ele pega que fazem parte do grupo –
outra coisa que fica superficial no roteiro. No grupo também tem o Tomás, que
sabemos quase nada e fica meio claro que ele existe só pra ter mais um cara pra
morrer.
Esses seis “amigos” estão na casa de Jason depois de uma
balada e resolvem jogar “Mamba”, um jogo que Jason ganhou de um cara estranho
de uma loja(?) ainda mais estranha que ele entrou sei lá por que. O cara da
loja foi extremamente estúpido com ele e no final dá um “presente”. Nem um
pouco suspeito, não é mesmo? Ah, detalhe: o cara estava em uma cadeira de rodas
e não tinha as pernas.
O tal jogo vinha com um “manual de instruções” que, além de
ensinar as regras, contava que tinha sido feito com a pele de uma bruxa que
tinha sido esfolada viva na época da inquisição espanhola (no final do século
XV). O “manual” prometia ao vencedor a realização de um desejo.
Céticos, eles resolvem jogar por diversão (além disso, vai que
realmente o vencedor realiza o desejo, não é mesmo?) Só que conforme o jogo foi
transcorrendo, e conforme as cartas foram tiradas, eles iam morrendo.
Ah, estava me esquecendo de um policial que aparece no
começo e em outros momentos do filme para dar um ar de “CSI” ou até mesmo para
copiar “Jogos mortais”, que também tem investigadores. Mas esse personagem
também é raso e não chega a resolver nada.
A ideia geral do filme pode até ser legal, mas o roteiro é
sofrível. Além disso os efeitos especiais são toscos, mas não aquele tosco
bacana dos filmes antigos, mas bem ruim mesmo.
O final é péssimo...
Ah, cansei de escrever sobre esse filme. Mas que fique a
fica: fique longe dele! (ou então assista por sua conta e risco, depois não
reclama de ter perdido duas horas da sua vida!)