quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A filha do mal

Apesar de já estar de saco cheio com os falsos documentários (mockumentary) que, infelizmente pipocaram no gênero de terror, fui assistir "A filha do mal".
O filme que estreou no começo de fevereiro nos Estados Unidos em primeiro lugar nas bilheterias (arrecadando U$34 milhões) não fez tanto barulho por aqui (pelo menos não que eu tenha percebido).

Estrelado pela brasileira Fernanda Andrade, o longa não traz nada de novo, o que é uma pena! O cinema de terror está tão carente de boas produções que faz com que pessoas como eu, cada vez mais, olhem os filmes do passado como grandes obras de arte - mesmo que sejam medíocres.


A história é relativamente simples: uma moça chamada Isabella (a brasileira) é filha de Maria (que matou de forma muito estranha, três pessoas há 20 anos). Fica sabendo que a mãe matou tais pessoas durante um exorcismo feito nela (apesar de a igreja não assumir tal fato) e assim, ela resolve investigar o que realmente aconteceu. A mãe estava internada em um hospital psiquiátrico em Roma e, sendo assim, Isabella parte pra lá na companhia de um cinegrafista para gravar um documentário a respeito de sua mãe. Apesar das negações, a ideia de que Maria vive possuída permanece na cabeça de Isabella.
Em um curso sobre exorcismo no Vaticano ela conhece dois padres que fazem exorcismos sem autorização da igreja.
E ai as coisas ficam meio obvias! É claro que Maria está possuída... não por um, mas por vários demônios. É claro que eles não são fortes o suficiente para salvar Maria (e nem a eles mesmos).


O filme é fraco, previsível, nem um pouco assustador e, pra piorar a situação tem um final péssimo. Além disso, no começo parece um documentário montado e editado e depois se transforma em um monte de colagens... Pra mim esse é um erro grosseiro de direção e edição. Como assim? Pelo menos isso eles deveriam ter mantido! Ou ser editado inteiro ou em nenhum momento.

Alguns pontos  conseguem salvar o filme (por alguns minutos): a atriz Suzan Crowley, que faz Maria - que se destaca muito dos demais... e o som (claro que isso só será percebido no cinema ou em uma casa com boa aparelhagem). A espacialização do som ajudava a plateia ter alguns sustos... em um momento, chegamos até a achar que tinha acontecido alguma coisa na sala de projeção.


A história em si não é ruim. O que me irritou foi o fato deles fazerem nesse estilo de mockumentary. Poxa, chega!!!! Eu sei que eles fazem pra ganhar dinheiro (o filme custou US$ 1 milhão e, como disse, faturou US$34 milhões só na estreia nos EUA). É uma mina de ouro!!! Mas poxa, cadê a criatividade? Cadê o respeito aos amantes do gênero?

Outro comentário é em relação ao final ruim. Foi algo bobo e que me deixou com medo!!! Calma, não medo do filme em si, mas medo de que possa gerar uma continuação!!!

Pra quem nunca viu um filme de exorcismo, ok! Pode ser uma experiência legal... mas não foi pra mim! (E olha que fui totalmente na boa, sem nenhuma expectativa).