quarta-feira, 13 de julho de 2011

Carrie, a estranha

Em época em que tanto se fala do tal bullying (confesso que esse assunto já me irritou!), não tem como não relacionar com a história da garota Carrie White criada por Stephen King. Já foram feitos dois filmes baseados no livro: um, o mais famoso, de 1976 (com Sissy Spacek e John Travolta no elenco) e um de 2002 (com a loirinha que participou como Claire em Lost, Emilie de Raven). O primeiro, de 1976 foi dirigido pelo prestigiado Brian de Palma, o segundo por um desconhecido David Carson (que atuou em "Pague para entrar, reze para sair").

 

Bom, confesso já de início, que gosto dos dois filmes. Cada um tem seus pontos positivos.
A versão de 2002 foi modernizada, a história foi trazida para os tempos atuais (bom, já não tão atuais assim!). O elenco é jovem e bonito (com exceção de Carrie, que é bem feiosa, coitada!). O clima do filme lembra aqueles seriados jovens! Acho que fez sentido, já que o apse do filme acontece em um colégio de ensino médio. No elenco do filme mais antigo, por mais que a história se passe também num colégio, os atores me parecem mais velhos! Sei lá, talvez seja só impressão minha.
A história de King fala da garota Carrie White que tem uma mãe maluca fanática religiosa. As duas vivem só, e a mãe não quer permitir que Carrie se aproxime das outras pessoas. Quer que ela se mantenha pura, sem se meter com os pecados e com a imundice que assola a mocidade! Mas com isso ela só consegue que sua filha se transforme em um ser absolutamente estranho. Ela se veste de modo estranho, se comporta de modo estranho, e não se socializa com os outros jovens de sua idade. Com tudo isso, claro, a pobre Carrie sofre com brincadeiras (o tal bulliyng). Só que Carrie é uma garota com poderes paranormais. Ela consegue mover objetos e fazer coisas que não entende exatamente.
A coisa começa a esquentar quando Carrie fica menstruada, um dia na escola, no chuveiro, depois de uma aula de educação física. Ela não fazia ideia que aquilo aconteceria com ela, não sabia nada a respeito (sua mãe não a tinha contado por achar que a menstruação era um castigo de Deus, e por pensar que como criava sua filha para não ser pecadora, ela não seria amaldiçoada com isso). O fato é que a menina pensa que está morrendo e fica desesperada! As outras meninas que já eram menstruadas (ou pelo menos sabiam o que era aquilo) zoam Carrie e ficam gritando pra ela!!!
A professora de educação física da escola fica puta com as meninas e acolhe Carrie, explicando pra ela o que estava acontecendo. Volta a falar com as garotas e as ameaça! Uma delas, Chris, a bonitinha e popular da escola, acha um absurdo ser repreendida e não aceita o castigo. Com isso, o que ela ganha é a proibição de ir no baile do colégio (que estava próximo).

Uma das garotas fica arrependida, e pede para que seu namorado convide a pobre Carrie para ir ao baile. Só que Chris tem um plano para acabar com Carrie, já que ficou absurdamente brava por ter sido impedida de ir ao baile.
Planeja com seu namorado (Travolta, na primeira versão) e outro amigo matar um porco para pecar seu sangue e vísceras, para jogar sobre Carrie, para ridicularizá-la na frente de todos. Para isso, ela teria que ser eleita a rainha do baile (e, claro, Chris daria um jeito de trocar as cédulas dos votos, para ter certeza de que isso aconteceria).


Bom, Carrie vai ao baile, é coroada rainha e... claro, o plano de Chris funciona certinho! O que ela (e ninguém mais ali presente) imaginava é que Carrie tinha poderes paranormais. Cheia de cólera, Carrie começa a destruir o ginásio! Fogo, objetos voando... e claro, muita gente morrendo!
Parece que nada conseguia conter a fúria de Carrie.
Ah, ela também mata sua mãe (e confesso, dá uma sensação boa de alívio! afinal, se Carrie era estranha, se tudo tinha chegado até aquele ponto, a culpa era dela!).

Tenho um pequeno comentário sobre as atrizes que fizeram Carrie. No primeiro, Sissy Spacek é uma Carrie muito bonita! Não faz tanto sentido. A atriz tinha que ser mais feia. Ela fica linda no baile, mas o contraste não é tão grande. No segundo, Angela Bettis é uma Carrie feia pra caramba! ok, que legal! Mas no baile ela não fica linda! Continua feia! hahahahahaha! Acho que ela tinha que ter ficado mais bonita no baile! (é que estou pensando no livro. Nele, a personagem é bem feia, mas no baile ela fica linda - bem aquele esquema de menina feia porque não se arruma, mas quando se arruma fica linda e chama a atenção de todos!).
As atuações de Sissy Spacek e Piper Laurie (como sua mãe) no filme de Brian de Palma são sensacionais!!!



Ah, o filme de 2002 foi feito diretamente para TV (como outras histórias de Stephen King).

Então, nenhum dos dois filmes é assustador! Não chegam a ser exatamente terror (daqueles de dar medo, de ficarmos presos na poltrona... tensos, nem de dar vontade de fechar os olhos para não ver certas cenas!). Carrie é classificado como Terror, mas como disse, é tranquilo! O mais bacana é realmente a questão do sobrenatural!
Pra mim este é um filme triste. Mais do que me assustar, me deixa triste. Triste pela Carrie. Triste por saber que tem vários pais malucos que estragam a vida de seus filhos. Triste por saber que tem muitos adolescentes maus, que são capazes de muitas crueldades... Tá cheio de Carries por ai (sem os poderes paranormais, creio eu)... e o pior é saber que também tem muitas "Chris" e muitas "Margaret White"...

3 comentários:

Akasha Aiushtha. disse...

Eu acho "Carrie, a estranha" sensacional, mas como você mesma disse, as atrizes que interpretam a Carrie realmente são bonitas demais, ou feias demais. =p
O livro foi mais assustador, já o filme foi mais dramático, pelo menos na minha opinião.

Mas ainda assim, é uma das histórias mais fantásticas do Stephen King. :)

Taciana disse...

Obrigada pela visita e pelo comentário! :D

Elias Miranda disse...

Muito obrigado pelo blog. Há muito tempo ví este filme no FX e não me lembrava o nome.Graças a vc agora posso vê-lo de novo.