quinta-feira, 29 de julho de 2010

Arraste-me para o inferno

Ontem liguei a TV e ia começar "Arraste-me para o inferno", filme de Sam Raimi que eu ainda não tinha visto.
O diretor Sam Raime, que é provavelmente mais conhecido pelos "Homem Aranha", começou sua carreira com filmes B de terror, como o mega legal "A morte do demônio", 1981 (trilogia "Uma noite alucinante"). Gosto mais da direção de Raime em filmes de terror B! Muito mais!!! Este é um filme cheio de clichês antigos: gosma, cemitério, fantasmas, demônio... efeitos especiais toscos e pouca enrolação. Não é um super filme, mas na minha opinião é um dos melhores (se não o melhor) filme de fantasmas feitos nos últimos tempos. Particularmente não sou muito fã dos remakes de filmes japoneses (que pra mim, são histórias que ficariam muito mais assustadoras se contadas por um bom contador de histórias em volta de uma fogueira em uma noite enluarada). Este é um filme que chega a ser divertido, não dá muito medo... mas até pode assustar algum tipo de público - sobretudo aqueles que acreditam em fantasmas e maldições.


Titulo original: (Drag Me to Hell)

Lançamento: 2009 (EUA)
Direção: Sam Raimi

O filme conta a história de Christine, uma moça de origem humilde que veio do interior para trabalhar na cidade grande. Ela trabalha em um bando e está de olho em uma possível promoção, mas para isso precisa provar ao chefe que é uma pessoa de fibra e que sabe tomar decisões difíceis. Um dia, uma velha senhora aparece por lá para pedir prorrogação de seu empréstimo, já que não tem dinheiro para pagar suas dívidas e será despejada de sua casa. A moça recusa o empréstimo. A velha se humilha, ajoelha e implora à jovem que mantém sua decisão (para impressionar o chefe). Ao sair do banco, Christine é atacada pela velha (a luta entre elas é bem loca! hehehehe! A velha é uma espécie de monstro... ela não morre! hehehehe). Ao final da briga, ela arranca um botão da roupa de Christine e, com esse objeto, a amaldiçoa.
Só que a tal maldição não é qualquer maldição! O demônio Lâmia viria buscar a alma da dona do objeto amaldiçoado em três dias, e a levaria para o inferno (literalmente). No começo do começo do filme, vemos uma cena dos anos 60, quando um garotinho estava amaldiçoado por Lâmia e é levado por ele pro inferno! (Ousado o diretor de matar criança no cinema!!! Isso é uma raridade). Ou seja, pelo prólogo, sabemos a força do demônio e da maldição.
Acontece que Christine (na minha opinião) é uma idiota - como a maioria das mocinha dos filmes de terror. Se o demônio vem pegar a alma do dono do objeto, por que raios ela não deu o objeto pra alguém logo que descobriu isso!!!! Bom, (spoiler!) essa "dica" aparece no fim do filme, só que a bocó faz o serviço errado!
Para terminar, preciso contar o final (pelo menos mais ou menos). É que achei muito legal! Uma super cena ousada de Sam Raime... como sabemos, nem todos os filmes de terror tem final feliz! (Algum tem? Agora fiquei na dúvida, não consegui lembrar de nenhum).
 
 
Sem mais delongas, gostei do filme. Não o colocarei entre meus favoritos, mas achei bom! Vale a pena ver, principalmente pra quem gosta de filmes de fantasmas, demônios. Ah, também é bom praqueles que gostam de terror mas detestam a chuva de sangue dos filmes "gore".
 
Até a próxima!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Chave Mestra

Ontem revi "A Chave Mestra". Estava de bobeira em casa e, o filme estava pra começar na TV. Resolvi rever.





Titulo original: The Skeleton Key
Lançamento: 2005 (EUA)
Direção: Iain Softle





Caroline Ellis (Kate Hudson) é uma jovem enfermeira que acompanha doentes terminais. Ela quer juntar dinheiro para estudar e se tornar uma enfermeira de verdade. Ela é contratada para acompanhar um senhor inválido, que teria sofrido um derrame, Ben Devereaux (John Hurt), que mora com sua esposa Violet (Gena Rowlands) em uma casa isolada na cidade de Nova Orleans, sul dos Estados Unidos. Caroline é uma pessoa muito preocupada em ajudar o próximo, sobretudo pessoas mais velhas, já que perdeu seu pai (de quem não era muito próxima - e sente-se culpada por isso). Vê em Ben uma possibilidade de se redimir.
Acontece que a tal casa fica em uma região repleta de crendices populares, sobretudo por causa dos negros, que trouxeram sua cultura e lá, misturando religiões africanas com européias, criaram algo como a nossa umbanda (mas é diferente!). Uma espécie de magia negra, vudu... essas coisas.

O local, portanto, é famoso pela quantidade de cerimônias místicas lá realizadas, mas Caroline acha essas crendices uma besteira e se mantém cética.
Ben por causa do suposto derrame está paralisado e mudo mas, seus olhos parecem querer dizer algo à Caroline.
Violet, a esposa de Ben, entrega uma chave mestra que abre todas as portas mas, em suas andanças, a moça encontra uma porta escondida. Caroline encontra atrás dessa porta, um cômodo com várias antiguidades, espelhos e ainda coisas estranhas aparentemente ligadas à prática de algum tipo de magia: a tal magia negra ou vudu muito comum na região.
Só que, aos poucos, ela percebe que Ben acredita naquilo tudo e pensa que pode ser por isso que está assim. Decide procurar saber mais sobre essa religião para poder ajudar Ben. Ai é que começa seu tormento, já que descobre que Violet é quem está por trás disso.



Bom, pra começar, o título original "Skeleton Key" é uma chave que você pode encontrar durante jogos de RPG que abre todas as portas do jogo.  Fiquei curiosa (se alguém souber, me diga!) pra saber se esta expressão, em inglês, significa "chave mestra"... bom, acho que não.... (só pra quem joga RPG! hehehe).

Como vocês podem ver na sinopse, o filme não tem nada a ver com RPG e, a tal chave que a mocinha ganha no começo, nem é tão importante assim - só se pensarmos que foi a chave que abriu as portas para ela conhecer a tal magia (afinal, como eles dizem no filme, é preciso crer para ver!).

O frato é que, pra mim, este é um filme fraco. Não é ruim de tudo - principalmente porque gosto desse tipo de história que envolve crendices populares. Além disso, o final é muito legal! Nada previsível! (Eu me lembro que quando vi o filme pela primeira vez fiquei encantada pelo final.) Claro que vendo novamente, podemos perceber alguns indícios já no começo... Mas ainda assim, o que acontece foge um pouco dos clichês.

Não é um filme repleto de sustos ou de cenas nogentas. Se recomendo? Bom, é difícil dizer. Não é um super filme... mas vale a pena sim. É só não esperar um super filme e nem super atuacões. Se estiver de bobeira, como eu ontem a noite, vejam sim!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Hora do Pesadelo - 1984

Acabei de rever "A Hora do Pesadelo" de 1984.

É interessante porque vi, recentemente, o remake e até já comentei sobre ele aqui. Queria só dizer mais uma vez que o antigo é muito melhor!

Apesar de não ter tanta tecnologia para efeitos especiais na época, o filme consegue nos prender na poltrona muito mais que esse novo. A versão original foca muito mais nos pesadelos e na tensão. Essa nova quer falar de drogas pra ficar acordado e pedofilia... Além do que, realmente o antigo Freddy Krueger (Robert Englund) é muito melhor. O filme novo perdeu uma das melhores sacadas do antigo: um Freddy irônico, que ria e brincava com as personagens (claro que do jeito dele! rs).
Continuo achando que este é um dos melhores filmes de terror que já foi feito até agora.

Titulo original: A Nightmare on Elm Street
Lançamento: 1984 (EUA)
Direção: Was Craven





Breve sinopse:
Um grupo de adolescentes tem pesadelos horríveis, onde são atacados por um homem deformado com garras de aço. Ele apenas aparece durante o sono e, para escapar, é preciso acordar. Os crimes vão ocorrendo seguidamente, até que se descobre que o ser misterioso é na verdade Freddy Krueger (Robert Englund), um homem que molestou crianças na rua Elm e que foi queimado vivo pela vizinhança. Agora Krueger pode retornar para se vingar daqueles que o mataram, através do sono. (adorocinema.com)



Pra quem nunca viu, vale DEMAIS a pena ver!

Viva Freddy Krueger!




http://medoecia.blogspot.com/2010/05/hora-do-pesadelo.html

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Hora do Espanto

Hoje eu revi "A Hora do Espanto". Resolvi rever os filmes de vampiros e, na onde de "Crepúsculo" e vampiros gatões, achei que seria legal começar com esse. Lembro que, quando o vi pela primeira vez, achei o vampiro principal muito gato e charmoso. E não era só eu... todas minhas amigas concordavam.
Ao rever o filme percebi que ele continua legal. Claro que os efeitos especiais são precários, mas a história é bacana e o clima é bem interessante.
Este é mais um dos típicos filmes adolescentes dos anos 80. Não é super sombrio e assustador - tem até um certo toque de comédia. O clima não é tão sombrio e, em várias cenas, nem parece um filme de terror.
Tem vários elementos clássicos das histórias de vampiros, como crucifixo, água benta, alho, estacas, caixões... Aquela história de que os vampiros não aparecem nos espelhos e que se forem convidados, podem entrar sem nenhum problema na casa das pessoas. Ah, claro que nada de luz do sol (diferente, ainda bem, daquela ideia mega gay de vampiro brilhar ao sol).

Titulo original: (Fright Night)
Lançamento: 1985 (EUA)
Direção: Tom Hollan


Charley é um adolescente americano fascinado por filmes de terror. Sempre assiste a um programa chamado "A Hora do Espanto" (Fright Night) em que o apresentador, Peter Vincent, se entitula grande caçador de vampiros - na verdade ele é um ator de filmes de terror. Só que um dia, ou melhor, noite, enquanto Charley está em seu quarto namorando, escuta um barulho na casa ao lado, que estava vazia. Novos moradores estavam chegando e, pelo que ele observou, eles carregavam um caixão. Charley achou aquilo tudo muito estranho e, sua mente apaixonada por filmes de terror ficou cheia de ideias.
Um dia ele observa que uma bela moça loira entra na casa e, depois, descobre pela tv que ela tinha sido assassinada. O rapaz, então, começa a suspeitar do vizinho. Em outra noite ao espiar pela janela do seu quarto vê o vizinho com uma bela mulher... e percebe que ele tem presas: sim, ele é um vampiro. Charley tenta convencer os amigos e a mãe do que viu mas ninguém acredita. A tal moça também aparece morta e ele decide contar a polícia o que viu. Claro que eles não acreditam. O vampiro, porém, fica furioso e vai até a casa de Charley. Todo sedutor, é convidado a entrar pela mãe do rapaz... ou seja, a partir de então conseguiria entrar na casa sem problema. Acontece que a noite, quando ele está sozinho no quarto, o vampiro aparece e o ameaça pessoalmente. Charley consegue escapar aquela noite, mas o vampiro promete voltar.
Desesperado, o garoto resolve procurar Peter Vincent, o apresentador de "A Hora do Espanto". Ele nem escuta o garoto que considera maluco. Mas ele está realmente desesperado. Seus amigos resolvem ajudá-lo e vão até o ator, pedindo pra que ele prove pra Charley que seu vizinho não é um vampiro. Ele acha tudo ridículo, mas Amy o convence - com US$500. Eles ligam para Jerry (o tal vizinho vampiro) e pedem para fazer uma visita exatamente para provar o tal absurdo. Jerry concorda. No dia seguinte Peter Vincent, Amy, Charley e Ed vão até lá. Peter fala pra Jerry beber um líquido que diz ser água benta. O rapaz observa bem o líquido e decide bebê-lo. Fica a tensão! Mas nada acontece. Amy fica toda encantada por Jerry (vampiro gatão e charmoso, lembra!?). Quando estão de saída, Peter Vincent decide dar uma olhada em seu espelho sem que ninguem percebesse e observa o que não queria ver: ele não aparece! Ou seja, é um vampiro. Fica assustado e deixa o espelho cair. Todos saem dali... mas o vampiro percebe que eles sabem e resolve ir a caça.
Ai a aventura começa pra valer!

Como eu disse anteriormente, as maquiagens são bizarras e os efeitos especiais mega trash! Mas tem todo aquele charme dos anos 80.


Olhem só essas maquiagens. Olha o tamanho da boca dessa mulher! hehehehehehe!


E olha só que gatão o vampiro lindo dos anos 80:


Vale a pena conferir esse clássico do terror dos anos 80. Já alerto que, para os amantes do terror gore da atualidade, o filme é meio fraco: provavelmente não levarão grandes sustos e nem terão vontade de vomitar, mas ainda assim, assistam!
Se tiverem dificuldade de achar por ai em videolocadoras, dá pra ver uma versão dublada em 11 partes no youtube.

O Iluminado

A primeira vez que vi esse filme, ainda era uma criança. Na época não consegui guardar todo o filme, mas algumas imagens me perseguiam, como a das menininhas no corredor, a velha na banheira o sangue que saia dos elevadores.
Na minha infância, morei em uma casa antiga, do final do século XIX. O banheiro tinha uma enorme banheira (enorme pra mim, na época) que era fechada por uma cortina. Confesso que, depois de ver "O Iluminado", sempre batia na cortina quando entrava no banheiro, para me certificar que não havia ninguém morto em estado de putrefação lá dentro.
Só que os anos se passaram e eu, já não lembrava mais o nome do filme. Quando eu tinha 15 anos, uma nova versão saiu e eu, que já naquela época gostava de ver filmes de terror, aluguei (lembro que eram duas fitas) sem relacionar uma coisa a outra. Coloquei o filme e, mesmo com as imensas diferenças, me veio a mente o nome do filme que eu tanto tentava rever: "O Iluminado".
Essa casa ficava do lado da videolocadora - literalmente ao lado. Várias vezes minha mãe, brava por algum motivo, me dizia pra não por os pés na rua e eu, pra sacanear, ia pra locadora sem colocar os pés na calçada, apenas pulando da porta de casa, pra porta do estabelecimento - e quando ela reclamava eu respondia: "Mas não coloquei o pé na rua!", riamos e eu escapava da bronca. Lá na locadora eu perguntei sobre outra versão de "O Iluminado" e a moça da loja me mostrou o de Stanley Kubrick.
O filme de 1997 é, sem sombra de dúvida, mais fiel à obra de Stephen King (livro que só fui ler aos 18 anos, quando o encontrei em um sebo). Porém, a tensão do filme de Kubrick é insuperável.
Muitos dos fãs de King não gostam do filme de Kubrick, principalmente por ele resumir a história e focar muito mais no problema piscológico que afeta Jack no que na força sobrenatural. Eu concordo, porém gosto muito mais do filme deKubrick que do livro de King.
O filme tem problemas: sim. Na minha opinião o maior deles é a atuação de Shelley Duvall como a esposa de Jack. Primeiro, porque quem é da minha idade, certamente olha pra ela e se lembra da Olívia Palito (filme também de 1980 que ela fez... com o Robbin Willians como Poppey!). Sua atuação não nos agrada e, confesso, depois de ver esse filme várias vezes, torço pra que Jack dê uma machadada na sua cabeça. Consta que até mesmo o diretor teve problemas com ela, chegando a gravar uma mesma cena 100 vezes para conseguir o efeito que queria.
Uma coisa bacana, pra mim, é o como o diretor fez para trabalhar com o pequeno Danny (Danny Lloyd), de 5 anos na época. Consta que o menino não soube (pelo menos até o filme estrear) que estava rodando um filme de terror! Que imaginação, heim!


Titulo original: (The Shining)
Lançamento: 1980 (EUA)
Direção: Stanley Kubrick 


O filme começa mostrando as belas montanhas ao som de Berlioz, e o fusquinha amarelo subindo até o grande Overlook. Jack Torrance é contratado para ficar como zelador do hotel, nas montanhas do Colorado, durante o rigoroso inverno, quando a neve o deixava isolado. Alguém precisava ficar por lá para a manutenção. Como Jack queria escrever um livro, pensou que essa poderia ser uma boa oportunidade para ter paz e conseguir escrevê-lo.  O gerente do hotel conta pra ele o que tinha acontecido, anos antes, com um zelador, afim de alertá-lo sobre os problemas de permanecer tanto tempo isolado nas montanhas. Mesmo assim ele vai pra lá com sua esposa e seu filho pequeno (que tem um amigo imaginário chamado Tony - que é seu dedo indicador).
Quando eles chegam ao hotel, o cozinheiro Dick Halloran percebe que Danny é especial, é um iluminado (que consegue ver coisas e pode ter poderes sobrenaturais, como o de se comunicar com a força do pensamento... como o próprio cozinheiro podia). Danny comenta com o cozinheiro sobre as visões que teve antes mesmo de chegar ao hotel e ele o diz que algo terrível aconteceu naquele hotel e que era preciso ficar longe do quarto 237 (no livro, o número é 217. Dizem que a mudança aconteceu a pedido do dono do hotel que serviu de cenário para o filme, que tinha medo que os hospedes ficassem com medo e não quisessem mais o quarto 217. O quarto 237 não existe no hotel verdadeiro).
O isolamento começa a causar sérios problemas mentais em Jack e ele vai se tornando cada vez mais agressivo e perigoso... enquanto isso seu filho, andando de triciclo pelos corredores, tem a visão de duas meninas de vestidinho azul. Elas aparecem normais e depois assassinadas. Danny não conta pra ninguém o que viu. Um dia, ao brincar com carrinhos, uma bola rola em sua direção - parece ter vindo justo do quarto 237, o proibido. Ele, curioso, decide ir até lá. Depois disso as coisas vão ficando cada vez piores. Uma mulher na banheira do quarto 237 agarra o pescoço de Danny... Wendy acha que foi Jack e passa a persegui-lo com um taco de beisebol. Jack descobre o salão de baile e lá no bar encontra personagens da história do hotel, entre eles, Grady, que Jack relaciona com o antigo zelador que matou a família (só uma curiosidade, o nome que o gerente do hotel fala pra ele é Charles Grady... e o homem do bar, que o ajuda e o dá dicas, é Delbert Grady. Seriam a mesma pessoa?).
As coisas saem do controle e Jack passa a perseguir a família com um machado.


Esse não é um filme repleto de sangue ou sustos, ainda assim nos deixa grudados na poltrona, tensos. A mistura que o diretor faz com o problema psicológico do isolamento com os elementos sobrenaturais (que no livro pendem mais para o lado sobrenatural, diferente do filme que é bem mais psicológico) nos faz pensar muito mais na história: poderiamos fazer o mesmo? Como deve ser assustador para uma criança ter que fugir do próprio pai, aquele que deve protegê-la?
Nossa... a cena do labirinto é incrível... dá muita agonia ver o pequeno Danny fazendo o possível para apagar suas pegadas e se esconder na moita gelada.
Se vale a pena ver esse filme? Sim e muito! E muitas vezes.
Pela direção, pela atuação de Jack Nicholson, pela trilha sonora, pela fotografia, pela tensão...

Garota Infernal

Vi esse filme sem muita espectativa. Não tinha ouvido falar nada sobre ele (bom, nada além dos comentários sobre Megan Fox - a "gostosa"). De maneira geral achei um filme legal... bem adolescente, fraco mas com uma boa história. Sempre que isso acontece penso que o cinema de terror precisa de bons roteiristas urgentemente. Conheço pessoas que gostaram do filme, mas pra mim ele poderia ser mais sombrio - Ok, ele foi feito pro público teen e não pra gente como eu que gosta de terror dos bons, daqueles que nos sentimos pregados na poltrona, tensos...




Titulo original: (Jennifer's Body)
Lançamento: 2009 (EUA)
Direção: Karyn Kusam


O título brasileiro também não me agrada, preferia o jargão "possuída" (mesmo que já existam outros filmes com esse nome). Mas enfim, está feito e é esse o nome que temos.


A história se passa em uma pequena cidade americana (Devil's Kettle - caldeirão do diabo - como a cachoeira que tem na cidade) onde vivem as amigas Jennifer (Megan Fox) e Needy (Amanda Seyfried). Apesar de bem diferentes (Jennifer é toda fogosa e bonitona, cobiçada pelos meninos da escola e Needy tem aquele ar de nerd e beata de igreja) as duas são amigas inseparáveis desde a infância. Um belo dia, ou melhor, noite, a safadinha da Jennifer chama a amiga quietinha Neddy para ir a um bar local onde uma nova banda de rock fará um pequeno show. Jennifer, claro, fica se insinuando pros caras da banda... Nisso um grande incêndio acontece no local! Confusão, gente morrendo queimada, fogo por todo lado. As duas meninas conseguem escapar (muita gente morre nesse incêndio), mas Jennifer encontra os caras da banda - que também conseguem escapar. Eles a chamam pra dar uma voltinha... conhecer a van da banda. Needy, a certinha, acha um absurdo... mesmo assim, a amiga aceita o convite e entra na van.
Neddy vai pra casa... ela está sozinha falando com seu namorado (pelo telefone) quando ouve um barulho estranho. Vai até a cozinha e encontra Jennifer toda ensanguentada e vomitando um líquido estranho (além de estar estraha).
Depois disso ela passa a agir de forma muito estranha, por vezes arrogante e desprezando os mortos no incêndio. Consciente de que é objeto de desejo dos garotos da escola, ela passa a atraí-los para depois come-los, literalmente.
Ai começa a matança!!! Que vai acabar só quando a amiga percebe o que está acontecendo e resolve salvar seu namorado que está para se transformar na mais nova vítima de Jennifer. E ai o desfecho que, bom... não vou contar aqui.

O filme não começa pelo começo... mas com a Neddy aparecendo com cara de má na janela do quarto de Jennifer... o que nos faz pensar que ela é a garota do mal. Depois vemos uma Needy internada em um sanatório... Uma Needy agressiva que acaba sendo colocada em uma espécie de sala escura, como aquelas de presidios.
O nome da cidade, Devil's Kettle, que faz referência como já comentei acima, à cachoeira, será importante - Não é a toa que Needy nos explica isso no começo e nos mostra o que há de especial na tal cachoeira. Há uma espécie de redemoinho e, todos ficam espantados porque tudo que entra lá, não aparece mais! Esse será o palco do ritual que transformará Jennifer no monstro cheio de dentes devorador de homens.

Será que conto o final? Sempre tenho vontade! hehehehehe...
Bom, sem muitas delongas, o filme acaba meio que como começa... com a cena que Needy olha pelajanela do quarto de Jennifer.
Ah, gosto bastante do final... do quando já estão passando os créditos. Muita gente sai do cinema ou desliga o video em casa no começo do fim e perde de ver o que Needy faz com os caras da banda que fizeram aquilo com Jennifer. Imagens estéticamente lindas... não perca!

Boa diversão pra adolescentes e iniciantes no mundo do terror... Mas já aviso, pra quem espera ver Megan Fox pelada vai ficar decepcionado... nem dá pra ver nada! (Bom, mas tem uma cena de beijo entre as duas meninas...)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Lobisomem

Assisti "Lobisomem" (The Wolfman) ontem. Já tinha ouvido coisas boas e ruins sobre o filme e resolvi, agora que estou de férias, vê-lo para tirar minhas próprias conclusões.
O longa do diretor Joe Johnston tem vários atores que eu gosto muito: Benício Del Toro (que também é um dos produtores do filme) como o Lobisomem, meu super querido Anthony Hopkins (que dispensa apresentações!) como Sir John Talbot, pai do personagem de Del Toro e Hugo Weaving (o eterno Agente Smith de Matrix). A mocinha é a não tão bonita e não tão boa atriz Emily Blunt (que ficou "meio" conhecida pela Emily de "O diabo veste prada").
O filme, até onde eu sei, é um remake de "O Lobisomem", de 1941.
Bom, não sei exatamente o que dizer sobre o filme de 2010. Achei um filme muito bonito estéticamente. Me remeteu ao cinema expressionista do começo do século XX (quando os filme de terror começaram). O filme tem imagens lindas em clima noir, a luz da lua batendo sobre as árvores criando aqueles efeitos de filmes de terror antigos, meio vintage... achei lindo. A história em si é boba. (Sobretudo pra mim que venho de uma região em que muitas pessoas juram de pé junto que já viram um lobisomem). Ok... essa foi, de certa forma, a primeira história sobre lobos apresentada ao público no cinema (a que deixou o monstro conhecido). Pesquisei e li isso sobre o filme de 1941, que foi por ele, que o lobisomem ficou conhecido.
Não posso dizer que achei o filme ótimo... mas é bom. Indico para aqueles que gostam de cinema de arte, para aqueles que gostam desses monstros mais antigos e lendários... Pra quem curte o terror gore e cheio de sustos, nem pensar. Vão achar o filme chato e idiota.
Pra mim que, além de gostar demais de filmes de terror, sou historiadora da arte, o filme foi bom. Não posso afirmar, mas acho que o diretor não queria fazer um filme cheio de sustos e efeitos especiais... como já disse, o que percebemos, na verdade, é um clima vintage à la cinema expressionista. De certa forma, uma homenagem.


São ou não são lindas estas fotos?

Só para constar, está acontecendo na cidade de São Paulo o 2º Festival Internacional de Cinema Fantástico, o SP TERROR.
http://www.spterror.com/

Abraços!